sábado, 6 de abril de 2019

Escrita jazzística





Quero minha escrita lúdica, munida de sentimento; um quadro abstrato onde uma linha pode representar ao externo, uma nuvem, o horizonte, um corpo, um rio ou mesmo o mar, por exemplo. Afinal, é certo que aqui, não é apenas o artista quem define a simbologia, mas, o capital sensorial epistemológico receptivo do observador que alude representações em um organismo que adquire vida própria após ser grafado. Assim como o jazz atrai pela harmonia do improviso, da catarse, da embriaguez sadia, do ambiente e do virtuosismo artístico seguro. A escrita também pode ser (in)precisa e abster-se do contexto. Meu contexto é o não contexto. É a escrita pura pela escrita. Descompromissada e/ou descomprometida; solta; livre. Autodidata consciente. Nefelibata extra-acadêmica. Um hobby que abomina ao menos, o enfado intelectualizado. Que se pauta pela força da palavra em si; e, para um que outro, pela energia.


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