A
implantação da convenção, do convencer-se que se é um ser democrático – todos a
favor de todos contrariando a máxima hobbsiana -, levou o indivíduo a descansar
no ser cidadão, singular, um indivíduo único na forma inversa da filosofia
séria. A causa desse estrago é o distanciamento do ser pensante, consciente.
Sua personalidade se afastou do objetivo que deveria ser: sair do obscurantismo
e tornar-se protagonista de si mesmo.
*
O “todos
contra todos” é um disparate, mas está implícito no gênero humano atual de
forma então, velada; o todos a favor de todos é um absurdo imaginado dentro
deste mesmo quadro vigente. Haveria uma solução possível a partir de então, da
impossível conscientização de que estamos em meio a isso tudo. Seria a
individualização inteligente, na forma rica da coexistência, um caminho, mas,
para tanto, ela deveria ser possibilitada no intuito da evolução do ser único
para que possa em algum instante reverter o quadro atual promovendo a soma das
partes.
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