sábado, 17 de agosto de 2019

O xis da questão




Estamos a mil e quinhentos anos do islamismo, a dois mil anos do cristianismo, a cinco mil anos do judaísmo e assim por diante. É de se perguntar; por que nenhuma mudança comportamental extraordinária realmente aconteceu na prática evolutiva humana objetivando à evolução voltada a transformar um número considerável de indivíduos em busca do evoluir coletivo fora da constituição material, independentemente do tempo corrido que o senso comum entende como passado, presente e futuro e, enquanto raros, ao se manifestarem são arrestados ao processo ou inevitavelmente atacados e refreados?

Por que não presenciamos até então uma mudança significativa? E a resposta é; porque ela não acontece no todo e sim, no individual. As instituições vêm, permanecem; se perpetuam; nascem e morrem, mas o único protagonismo que interessa é o humano – ou ao menos, ao que oficialmente assim conhecemos. Tudo o que assistimos tem um único propósito: o despertar do homem. É ele que precisa, através deste portentoso mecanismo em que está inserido buscar se desvencilhar das atenções que nós mesmos criamos para nossa distração e dela devemos nos libertar – por iniciativa e esforços próprios. É justamente o contrário da finitude das corporações. É a sua infinitude o xis da questão.


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