Enquanto a mente mente a quem
pertence
A alma espera que a mentira se retire
*
Massa
pensante
Crendo no
tatear cultuamos moléculas
Tão distante
do que pensa ser você é aqui
Atrevido
como todo o enclausurado que se diz inocente
Crédulo
como todo o inculto precipitado
Frágil e
desprotegido então você erra
Arrastado
por forças que ainda desconhece
Não
assumindo
Enfrentando
Impetuoso
Quebradiço
Falível
Soberbo
Socando o
imponderável
Inconsciente
de sua finitude
Esbalda-se
na curta existência
Um ser
mental
Ele
Fragilidade
inquestionável não questionada
Aceita
Evanescência
abstrata
Incógnita e
perene ela orbita intocável
O que não
pode ser tocado tem força
O que não
nasce jamais se completa
É imenso em
sua inexistência
O infinito
não pode ser ousado
Ousada...
transcende o Verbo
Negligenciada...
ri
Abandonada...
continua
O que nela
confia tem força igual
O que
não... definha
Um Ser
Elemental
Cúmplice
dos elementos
Ela
Força
desconhecida não reconhecida
Limitada ao
crivo comum
O corpo cisma
A Alma É.
O corpo se
sustém
A Alma
paira
O corpo se
entende
A Alma não
se prende
Mente...
minta a quem pertence
Alma...
seja
Pensando
ser o corpo morre a cada dia
Sendo, a
alma irrompe a eternidade
Respeite-o
Ame-os
Da singularidade escolhida à
pluralidade do absoluto
*
Diferentemente do pensamento comum, é o corpo que é frágil, não a alma.
O corpo por
ser finito está sujeito ao longo de sua curta existência a uma série de embates
de toda ordem, e destes encontros - alguns bastante estressantes - vez ou outra
pode não sair ileso ou mesmo perecer; o que não se dá com a alma por ser
infinita, portanto, inabalável... imortal... ... ...
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