"Não confiai folgando-se antes na posse perene de vossas posses sobre o que o Pai deixou escrito."
Antigo provérbio Hebreu
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"Não confiai folgando-se antes na posse perene de vossas posses sobre o que o Pai deixou escrito."
Antigo provérbio Hebreu
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*
“Se Jesus está no seu barco, não
temas as tempestades.”
Imaginei
então, por um instante; se se apoiassem no bom senso ainda assim se atirariam
ao mar a ponto de arriscar-se em vãs tempestades!?! ... e, uma vez lá, caso o
bom senso perdesse a aposta, saberiam resignar-se e implorar ajuda com
humildade?
Este é o plano das tempestades.
Porém, “a cada dia basta seu mal”. Não nos esforcemos em procura-las; sigamos
vigilantes e atentos ao movimentar dos astros e então... que venha o que já não
pode mais ser adiado.
094.t cqe
Acredito em instantes, palavras e textos completos que são inspirados sob os holofotes; sob a regência das energias do Reino das Escritas. Eu, como um autor/ferramenta; posso aglutinar palavras e ideias sob o viés do meu entendimento, no entanto em algumas situações é nítida certa ocorrência ao se encerrar o processo e por dias, ou em um espaço de tempo maior, apreender que não posso me apropriar com exclusividade do resultado; isso quando bom. Porém esta ausência é entusiasmadamente evidenciada quando insistimos em rebuscar carregando nas tintas exclusivas do limitado entendimento pessoal. Se me deixei levar por empolgações próprias sem ater-me a concentração inspiradora do instante.
Para muitos que amam de verdade a escrita, esta percepção pode até fazer sentido; quando não faz sentido ou é quase imperceptível àquele que desenvolveu o dom, o tino meramente comercial do assunto.
Esta semana, em seu seriado, ouvi a Fran Lebowitz dizer que parou de gostar de escrever quando precisou fazê-lo por dinheiro.
Sempre tive
comigo que escrever comercialmente tolhe nossa liberdade, mas isto se daria no
meu caso. Insisto que toda a afirmativa dos parágrafos anteriores ocorre também
na escrita comercial. Reafirmo aqui que usei “Reio das Escritas”, plural,
portanto a abrangência é total, ainda que nem todos, - é preciso ponderação,
sempre – percebam ou possuam humildade suficiente para declarar que legiões
extra matéria estejam ou são capazes de influenciar suas ocupações comerciais.
Estamos
aqui, muito para nos divertir respeitando, sempre; mas, se podemos clarear
nossa consciência sobre o que não é daqui. Melhor.
093.t cqe
Ainda
desgraçados; antes somos destruidores covardes. A questão insiste em retornar;
por que nossa obsessão em destruir? Provavelmente ela reside na covardia do
enfrentamento pessoal. Ao não conseguir trabalhar o que amesquinha o viver
gratuito próprio; irrompemos com nossos instintos de miserabilidade covarde
contra o que parece ser mais fácil explorar: o estado indefeso a nossa volta.
092.t cqe
O auxílio jamais atingiu o ponto em que chegamos. Talvez a máxima “não saiba a tua mão esquerda o que dá a direita” precisa ser contextualizada. Onde, “mão” não representa o membro do nosso corpo; talvez ouve uma falha de interpretação aí, e as escrituras aludam a “via”: representando sim um membro do corpo, porém a referência é o cérebro com seu lado esquerdo e direito e não as mãos.
091.t cqe
Mesmo contra minha vontade não consigo construir o início do pensamento de hoje sem o clichê do copo meio cheio, paciência; é por isso que exercito minha escrita.
É útil?
Não. Não para o que presenciamos, não para as representações e necessidades do
arrasto humano que se concretiza por enquanto e para sempre no sistema social a
que estamos inseridos.
Não há
revolta, elas de nada adiantam quando se está em vias de salvar-se a vida. O
que é mais importante quando se encontra desesperado, porém nossa sanidade
ainda não abandonou a cachola ao ponto de pular nas corredeiras!?!
Este é o
histórico humano hoje.
Isto não é
ser pessimista, mas realista.
090.t cqe
O destino
não é uma extensão
É um lapso
O que
vivemos é a vida acontecendo
O destino se faz após a ação
O que
insistimos pensar se tratar de destino
nada mais é que o existir
O destino
se apresenta sempre depois da escolha
Insistimos em fabricar o destino
Aleatório
Às avessas
Canhestro
Gambiarrado
Sinistro
Pesado
Acometidos
em tormentos indetectáveis
Agarramo-nos ao seu balsamo anódino
passivo e conveniente
preguiçoso
Ah! A nossa sempre cômoda esperança
Teimamos em
fabrica-lo
Quando
ao contrário
ele é soberano
Efêmero; o
destino é uma correção
Um pontuar
pincelar
Mínimo
Ínfimo
Último
Saudável ou não
Sempre determinante
Inexoravelmente inflexível
O destino
não existe antes da consumação
e após...
...não se permite envolver.
“Você dá o melhor de si, e então o destino se apresenta.”
O Último Samurai
089.t cqe