Impermanência
é o ponto da vontade
O nada vazio
para o descrente
Ainda mais
nada para o crente
O niilismo
salvador ao ansioso
Inteligente
àquele que agora pondera
Entre mares
que não cessam
O que leva a
destruir ou não
Oceanos que
devolvem sobras
Regeneram
transformam permitem à vida
Dos volumes a
jogar vidas
A instabilidade
não se mostra
A
estabilidade se quer real
O não fluir
comanda a negação
Estanque em
um rebojo não crível
A cultura é a
crença daninha
O rincão
longínquo ele não vê
Um mar de
coisas é um mar
Um mar de
problemas é um mar
Mares
destroem quereres
Haveres finesse beleza
No alheio
causam inveja
No fausto causa soberba
O fino tende ao cafona
Ser belo é
abandonar a beleza
Toda energia
gasta
Tem uma cota
perdida
Outra de sub utilizada
Uma outra de
não devida
Otimiza-la
requer energia
As forças
estão a toda volta
Comandando
empurrando perturbando
Vontades
parcas não dão conta
A verdadeira
vontade requer energia
Como se há
mar demais a ser vencido
Outro dia a
coisa engrena
Por agora o
que temos é o bastante
É imperioso o
descanso diário
Também o
lazer para repor
Como sob
oceanos que não cessam
Opiniões são
levadas em conta
Mas o que
conta é a força contrária
Um ser
insciente martelando muros
O toque é o
sopro que desvia
Desviar não é
sinônimo de vencer
A força do fluxo
é invencível
Procuremos um
remanso paliativo
Daqui
pensaremos estratégias
Pensar a
longo prazo é a questão
A ânsia é
impiedosa com o despreparado
Socorro grita
um outro
Silêncio é
nada incômodo
Nada é tudo
ao que nada possui
Nada possuir
é um mar de paz
Costumes apontam ao ter
Para ter é
preciso enfrentar o mar
As areias e
tudo mais lhe pertence
Não se
negocia se nada tem
E se
vendêssemos a alma
A alma a
única posse
No mais um
fiel depositário
A conta o mar
devolve
Ainda que impagável
é certo
Todos a
quitarão
Castelos
são levantados
Copos e taças se elevam
Os mares
espreitam calados
Com suas
rebentações escondidas
Ao que
brindaremos agora
À Paz que um
dia virá
Ao Amor que
jaz profundo
Ao Nada que
será entendido
À Vida que estamos
vivendo
Ao Mar que
tudo permite
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