Místico é
todo aquele que independe da opinião terceira para manter-se firme em sua busca
pura. Pinçando sinais, sua direção é única e desapegada. Parece ser, mas não é.
Parece estar, mas não está. Parece ganho, mas está ainda mais distante. Parece
preso, mas atende a todos na armadilha. Parecendo ausente assiste. Parece
distante, e está. Todos se enganam ao dizê-lo seu. E todos o odiarão quando
partir, ainda que os ame muito mais do que aqueles que se dizem “contigo”.
O homem somente é capaz quando só.
Impingido da suficiência da fé pura, só esse, agora tornado ente, consegue
acessar o sacramento que está à disposição de todos... a um passo da vontade.
“Como a autor explica em seu livro Alguns Expoentes da
Religião Mística, o alicerce da experiência mística não é nem argumentação
forense nem interpretação de escribas; até que alguém demonstre a suficiência
da experimentação científica para analisar o amor e a beleza altruístas,
pode-se argumentar que abordagens diferentes daquelas empregadas para examinar
os átomos e as nebulosas são necessárias para apreender os fenômenos
espirituais.”
Daniel Ross Chandler
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