“Na era do espetacular, as antinomias duras, o verdadeiro e o falso, o belo e o feio, o real e o ilusório, o sentido e o não sentido esmaecem, os antagonismos se tornam “flutuantes” e começamos a compreender, sem ofender nossos metafísicos e antimetafísicos, que hoje é possível viver sem finalidade e sem sentido, em sequências instantâneas, e isso é uma novidade. ‘Qualquer sentido é melhor que nenhum sentido’ dizia Nietzsche, e nem mesmo isto ainda é verdade hoje, uma vez que a necessidade do sentido em si mesma foi varrida e a existência indiferente ao sentido pode desdobrar sem tragédia ou abismo, sem aspiração à novas escalas de valores.”
Gilles
Lipovetsky
Vontade
(nada) latente — Aqui, agora, qualquer vontade é muita vontade.
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