Do
moroso e ingrato caminhar do homem que escolheu o nobre caminho das pipetas.
O comportamento de muitos dos dedicados homens sisudos da
ciência é lastimável e muito não se dá por conta só do esnobismo, em parte seus
humores carregados se originam em uma questão oculta, psicológica, onde
precisam guardar silêncio sobre a ineficiência que os acompanha, e como leigo
nos perguntamos; quando há o insight ou a cada um deles lhes é revelado o grande segredo? Afinal
existe um universo de indivíduos que nem mesmo estudaram e no entanto, tem
acesso supranatural a inúmeros universos, multiversos e metaversos, agora
improváveis à razão das provas, e, como sempre se deu, em algum tempo, uma
parcela de seus pares, aleatórios, descobrirá que o estado cético que os define
uma vez mais cairá por terra ao ser revelada tardiamente através de seus tubos
exaustivamente manipulados; a porta para o que até então afirmavam não ser
possível.
“Eu estava
encurralado no papel de um homem sem inclinação por um mundo monótono e comum,
no qual milagres não podem acontecer. Era o mundo da matemática, da ciência e
da tecnologia, o mundo do materialismo e do progresso. Não havia fontes da
juventude, sereias ou jardins perdidos em terras distantes. À medida que
tentava me afastar para um vazio acima da paisagem humana, considerei a
sabedoria de uma busca, uma busca pelo reino onde estão o próprio jardim
perdido, por uma ilha com soberania fora do tempo, algum tipo de cidade eterna
além da mácula e da mudança, onde se poderia expulsar a morte como se
dormisse.”
Robert
P Lanza
Médico e cientista
americano, atualmente chefe da Astellas Global Regenerative Medicine e diretor
científico do Astellas Institute for Regenerative Medicine. Ele é professor
adjunto da Escola de Medicina da Wake Forest University.
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