A arte de viver feliz é se fazer invisível.
Se fazer invisível não significa alienar-se ao jogo ou
mesmo à jogatina humana. Enclausurar-se no egoísmo vão e perdulário. Se fazer
invisível é recatar-se se resguardando do burburinho egoísta e mesquinho que se
agiganta nos embates esnobes de grupos ainda indecisos e paradigmáticos do
cotidiano ordinário. Ausentar-se nem sempre é possível; recolher-se é o que
recomendam as doutrinas sérias. O recato ativo, engajado, laborioso e atento às
necessidades do estado humano. Por sua vez, invisível, camuflado e, quando
razoável, até dissimulado, é possível não ser contaminado com uma série de
energias desprendidas no local, advindas sabe-se lá de quais estados de
pensamentos que perambulam nos recintos ainda necessários ou mesmo obrigatórios
a serem frequentados.
Se o Reino da Felicidade é possível a um, é possível a
todos; e a única prova do estado atingido, é a determinação inegociável e
entregue no auxiliar para a conscientização humana para a sua existência.
“Mais uma vez quero incutir em vocês que, se interessar pelo Reino da Felicidade é da maior importância. Pode-se ver pelas suas palavras, pela maneira como você fala, se você está vivendo nesse Reino ou não. Tenho observado você e eu para ver se vivemos continuamente nesse Reino.
Jiddu Krishnamurti
003.ab cqe