sábado, 16 de novembro de 2024

Autoestima

 









Ou estão com você ou se somam a poeira por onde você passa.

Você é o que é ou se trata apenas de um estereótipo tentando mostrar uma personalidade forjada? Anda envolvido em uma nuvem ou navega soberano com alguns poucos que o entendem?






    





Constrange assistir pessoas, modelos de vida à centena de milhares de pessoas, se declarando incomodadas por serem subestimadas, por exemplo. Indivíduos que sobrevivem o cotidiano inconformados com situações pontuais ou mesmo com a vida, se somam à parcela esmagadoramente maior da população e muitos nos questionam o porquê desse desconforto generalizado!








A resposta é simples, o que não é simples é transformar a verdade em representação eficaz: não fomos talhados a viver para nós; esse é o único motivo a gerar nossos descontentamentos, desconforto e frustrações, mesmo as mais banais.














É muito importante apreender, aceitar e jogar com este entendimento; sim, jogar. No mundo atual não há possibilidade — a menos que se tenha uma vida que independe de terceiros — de conhecer-se e então optar por uma vida apartada dos demais que insistem na indisposição com o existir. É preciso jogar junto, até porque, nos tornaremos não apenas indelicado quanto indesejáveis, uma vez dono de autoestima superior aos demais, se ficarmos contestando nossos colegas sobre seus queixumes diários.










Conquistar o amor-próprio, se não for devidamente trabalhado, contido, pode se tornar causa de dilema social e mesmo expulsar, expurgar o privilegiado indivíduo da vida daqueles que não conseguem observar no outro o que não possuem. É muito superior a inveja, é quase uma condição natural fisiológica de repulsa àqueles que atingem algum grau de disciplina de difícil alcance.








E por mais paradoxal que possa parecer, ao reprimir colegas que aparentam sempre estar bem, que, mais empáticos, geram uma convivência mais harmônica entre os seus, que não se desesperam diante de todos os percalços cotidianos — que não são poucos —; porque não se sentem bem ao lado de pessoas bem resolvidas; ao provocar o mutuo afastar, estas não percebem que estão atirando fora uma bela oportunidade de aprender com o raro exemplo que a vida lhes colocou ao par.











“Era apenas respeito” — Esse processo, sem querer, acaba tornando o homem de bem, seletivo, não por sua vontade, e sim, porque ele passa a se ver como um estorvo na vida dos demais, e então temos a dicotomia, o efeito antagônico da plateia, da audiência que os entende arrogantes, exclusivistas e até mesmo esnobes.








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