A forma mais razoável de conviver em
harmonia com os homens é não criar expectativas sobre eles; essa assertiva nos
leva à ponderação particular: se você não deve criar expectativas sobre alguém,
pese muito bem os prós e contras quanto a importância de manter-se ao lado da
pessoa.
A tendência
latina é ser atirado, dado, empático a todo aquele que momentaneamente responde
com cordialidades às ânsias prementes, em muitas situações, sem ater-se as
reais intenções, confiando apenas no histórico relatado em momentos ou locais
dos mais variados — de natureza precipitada, as vezes nem isso. E tudo piora se
não nos conhecemos, passamos por processos que nos tornam frágeis às lisonjas
terceiras ou nossa tendência natural é ser impressionável buscando
reciprocamente agradar ou retribuir aos contatos agradáveis.
Somam
histórias onde pessoas, após um longo período suportam o insuportável,
imaginando, agarradas a falsa ideia de que em algum momento será possível
resgatar a magia dos primeiros encontros.
Não queremos
aludir com isso que a correspondência afável inicial não é o melhor caminho,
sim, é, sempre vai ser e deve ser incentivada, porém o que não convém é criar
dependência ao abrir todas as portas deixando alguém não totalmente prospectado
tomar posse do que nos é caro ou então insistir, cativo, e ainda apegado a
estimulante primeira impressão.
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