sábado, 27 de fevereiro de 2016
Estatística
Individualidade
ultra dependente
Muito
seriamente, estamos tão somente nos encapsulando de uma forma psico-negativa,
jamais por razões de auto recolhimento contrito; em busca do autoconhecimento.
Mais por opção inerente aos novos caminhos direcionados por uma sociedade
perdidamente em polvorosa que muito rapidamente guinou do conceito de tribo,
feudo, família, grupo, etnia, totalmente despreparados, para o: vencer
individualmente, do universo-corporativo-industrial-tecnológico-globalizado;
paradigma que não passa de mais um slogan matreiro do mundo contemporâneo que
nos quer apartados de qualquer sociedade material com vontade própria, ou
pensando por si mesma.
Inscientes,
destituídos de um grupo formador responsável, fomos apanhados: somos agora domesticados
ou aculturados caçadores tribais de gravata por nossa conta e risco; novos
escravos abolidos escravizados. Não desacoplamos, não perdemos totalmente o elo
de ligação com nossa ancestralidade sobrevivente, enquanto nos queremos
superiores - quando não entendemos que somente nosso ego o é. Daí é que
mantemos a ideia comprada de que tudo podemos sem precisar nos manter
enraizados aos nossos pais, a nossa casta.
Com o advento
da tecnologia da volatilidade; da coisificação, mas também por já não mais
sabermos como pedir ajuda – e não há a quem; não nos entendemos como pessoas
que podemos – e devemos - nos ajudar; perdemos a humildade; que substituída,
deu lugar as: vergonha vaidosa e presunção mesquinha. Essa individualidade
forçada direcionou o indivíduo ao nada modesto “vença por si mesmo”, e o que
lhe resta é que, enquanto brinca de “fodão”, inventa meios de sobreviver em um
meio que finge estar ao seu lado; que apenas ilude companheirismo ou proteção
quando o que espera é a ética conveniente do “fique na sua”, “vire-se” – pois
quem pede ajuda é perdedor -, quando devemos mostrar nossa capacidade de
sobreviver sozinhos e nos adaptar nos arrastando em uma sociedade instantânea.
... ou
pior, nossa carapaça de superior, mesmo na dificuldade, se por uma hecatombe
catastrófica nuclear universal encontrar alguém disposto a ajudar sem algo em
troca, ou sem a vaidade que faz com que muitos busquem o altruísmo perverso do
voluntariado mascarado; nos pomos armamos – emerge o velho guerreiro selvagem
arisco e desinformado - imaginando ser outro desse segundo grupo.
*
A carne já
não está mais morna... nós sim.
A que preço
hoje nos dizem que são – vendem-se como - nossos amigos e parceiros? Quanto
ficamos devendo por um favor tido a luz da solicitação como uma obrigação de
conivência entre ambos?
*
Despreparados
outros, escondidos entre máscaras transparentes ao superior atento, ainda pedem
ajuda com suas rezas, porém nem aí relaxam e o fazem como se os santos fossem a
isso obrigado.
*
Enquanto
isso nosso casco-ego nos protege, – nesse
confiamos por ser apenas isso que
possuímos - servindo como um
colarinho de penas eriçado intencionado a parecermos maior; esconda-o e não
passamos de pardalocas em disputa a escrutinar
vermes nas bostas depositadas ao longo da estrada.
*
“Sou o
bicho humano
que habita a concha
ao lado da concha
que você habita”
Caio Fernando de Abreu, escritor gaúcho.
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Da maldade
Ao retornar
de uma viagem longa, onde reconheceu a dor nos olhos de todos, convicto resumiu:
“Conheço o
ser humano, e sei que ele pode fazer todas as coisas que se julga incapaz”.
“Não é ele
quem determina isso, aqui; é o momento, porém não sabe ele que deveria resistir. Acabo
de visualizar a dor, e ela é fruto de momentos acumulados. E digo também, que vocês não
fazem ainda ideia, assim como do que dizem não ser capazes, ao assistir a
atrocidade alheia cometida.”
Da Série; vamos prorrogar a existência dos sentimentos
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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
Umberto Eco
"O intelectual não pode fazer nada. Não pode fazer revolução. As revoluções feitas por intelectuais são sempre muito perigosas"
*
"Eu definiria o efeito poético como a capacidade que um texto oferece de continuar a gerar diferentes leituras, sem nunca se consumir de todo"
*
"Não há nada mais difícil de definir do que um aforismo"
*
"O que é que a cultura pretende? Tornar o infinito compreensível"
*
"Quem não lê, aos setenta anos terá vivido só uma vida. Quem lê, terá vivido cinco mil anos. A leitura é uma imortalidade de trás para frente"
Umberto Eco
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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
Koyaanisqatsi
“O que é conhecido é o habitual,
e o habitual é o mais difícil de ‘conhecer’”.
W.F.Nietzsche
Atingir o
absurdo é alçar-se a um paralelo ainda que o quadro esteja disposto ao todo
visível; espelhado na apatia do que olha.
Quase
impossível de ser rompida...
Da
ocorrência desse então raro alinhamento; choca-se, por finalmente definir o
conflito: da existência do belo contrastando com o surreal universo tornado real;
da tragédia em curso.
*
O absurdo
não é para o observar qualquer; comum; cotidiano; ainda que aí ele se dê... ou
não é observável a primeira vista, - muitas vezes nem nas primeiras vidas – para, como mágica, dele dar-se conta. Raro
é percebê-lo; normal é não fazê-lo. Ele passa despercebido por si só, e, ainda que olhado, ele é um absurdo dentro dele próprio por não conseguirmos
dimensionar sua proporção por conta de distorções intrínsecas próprias, por sua vez, por
conta da perspectiva do observador jamais estar posicionado de acordo com o
paradoxal.
Produto da incoerência, - ele é extraído do irracional originado dele próprio, como
se fosse o observador criado fruto de sua vaidade megalômana erigido para a
auto idolatria – e é por conta da conformidade
sempre hipnótica que anula a nossa e a sua insensatez, que faz com que não o
percebamos.
*
"Não é
por falta de amor à linguagem que estes filmes (trilogia Qatsi) não têm
palavras. É porque, do meu ponto de vista, nossa linguagem está em um estado de
vasta humilhação. Não descreve mais o mundo em que vivemos".
Godfrey Reggio
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Da série Inteligentemente inteligente,
Eu Megalômano,
Rascunho do ID
“O capital”
Com fundo e sem fundamento
Nada fictício,
entre baforadas de um robusto Cohiba e perdigotos de bourbon, vangloriava-se:
“Como não tenho
ideia de quanto posso tirar do sistema sem comprometê-lo até seu colapso, e
como nenhum dos outros ladrões também o sabem; continuo, até encontrar o meu
limite de possibilidades.”
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Universo particular
Somos um
universo paralelo, particular; nosso comportamento em relação ao processo de conscientização
como um todo é que determinará nosso bem ou mal viver; ou seja, como orbitamos
por entre as vielas ou os caminhos dos insondáveis multiversos.
Na escala
evolutiva esbarramos por uma centena de asteroides e estrelas cadentes errantes.
“Destruí-los” ou superá-los é o que determinada nossa escala evolutiva, é o que
nos ascende ou descende nos mantendo inseridos em um alinhamento próprio e
inequívoco entre multiversos que não cessam de nascer.
Da série
“HomemVerso”
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Da série "Desti lado",
meta-pura,
O vulgo analítico
sábado, 13 de fevereiro de 2016
Proeminência inapropriada
Por si só, o ordinário não reconhece
o superior por não acessá-lo. Uma vez aluno, necessita-se de alguém que lhe
mostre à luz; é do conhecer do mestre que dúvidas são sanadas – mas no “como” reside o segredo -, portanto, é
glória vã o ufanismo originado da vulgaridade cotidiana.
Assim...
Diante da cultura instalada, devo
acautelar-me com a popularidade de senhores cujo vulto foi erigido para deleite
de admiradores comuns à praça. Compreendamos ainda que, fazer-se à comuna que
sempre nos representou não é garantia; não afiança realmente quando suas opiniões
são talhadas em bases outras - escusadas e interesseiras -, que próprias,
distintas e indefectíveis – não estará o que vale tão escondido quanto à pedra
mais preciosa?
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Parcimônia
Não aos comentários
Escrever, verdadeiramente, é um ato insano, onde muitos o
têm como ingrato, ainda assim ele seduz; afinal, quantos de nós escrevemos pelo
prazer, talvez apenas masoquista, de ser rechaçado por linhas inexplicáveis ao
alheio; ao externo que por sua vez não se contém em externar todo o seu
ignorar.
*
Da força que escasseia - Ao formular uma ideia, alguns
autores preparados para tanto, continuam insistindo com ela, e podem se
debruçar por horas em sua lapidação. Por conta disso, muitas vezes
não é possível que o alheio, em seu primeiro contato com a obra, perceba de
imediato o que está acontecendo. Em suma, o autor precisa ter mais paciência
para compreender que nem sempre é obvio entende-lo, ou melhor, quanto maior é
sua paciência para definitivamente apontar seu aforismo, maior ela precisa ser
para sobreviver à parcimônia do seu entendimento.
O verdadeiro artista busca o silêncio daqueles diante de
suas obras; ou se tem isso, ou se está expondo ao ridículo.
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Seleção natural
Aproveitando
o desconhecimento como instrumento de equilíbrio.
A seleção
natural dizimou raças e espécies sob os mais variados pretextos e descuidos, ou
por conta de alinhamentos improváveis de sórdidos motivos – inventados ou não. O corrente chama-se “Revolução
Industrial”, portanto, tudo continua como sempre, não há razão para alarde –
isso acontece a toda hora na histórica cadeia evolutiva.
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"zeros somados",
100words,
Crônicas para o nada,
Para-humanos
sábado, 6 de fevereiro de 2016
Cerradas todas as portas
“Ter a
desatenção de tornar-se hoje, um homem público remunerável, é sinônimo de
contaminar-se.
Não me conte de sua índole, já o conheço sem o tê-lo visto uma
única vez... afinal, é um homem público, sei perfeitamente do que é capaz.”
*
Definitivamente,
foram cerradas todas as portas para qualquer tentativa de ajuste real a
condição social humana, afinal, quem terá coragem, se dono de um pensamento
ajustado, enveredar-se a esse intento quando sabemos que a cada dia mais esses
senhores do poder se afundam com uma normalidade jamais vista no mundo
inegociável das negociatas e acertos, contaminando-se e levando de roldão todos
os demais que se aventuram nessa odisseia épica do poder desastroso dos novos
tempos!
Afinal, é
acertado afirmar que, em consequência do despontar generalizado de cabeças
“inimaginavelmente” sórdidas em meio a um mundo que precisa prezar pela
qualidade inequívoca da retidão, somada a ficção que parece escancarar através,
principalmente do cinema e seriados que hoje dominam o gosto popular, que a precificação
do homem comercial político possui quando muito duas opções: aceitar o valor
ofertado para liberar o acesso aos tentáculos seja da corrupção, dos mais
variados lobbies extorsivos ou da troca de poderes apenas amadoramente injustos
por profissionais diabólicos ditadores camuflados de urgentes portadores da
solução salvadora.
Está tudo
tão impregnado de corrupção que alguém de pensar sério, descente, não pode mais
se aventurar nos campos políticos públicos, nem com mísero acesso externo, isso
automaticamente o coloca na classe dos iguais.
De posse de
um discurso a-religioso; entendo como premente recurso, restar ao homem de boa
vontade procurar alguma forma invisível como atalho para auxiliar na retomada
de diretrizes sérias em caráter de urgência no redirecionamento do caminhar
humano. É inegável que o ajustar de forças materiais e imateriais seja
proclamado as claras, pois, ainda, o
que é visível é menos hediondo quanto o que antecipa o homem de bem que pouco
pode fazer.
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Por que comigo? Porque (ñ) eu?
As
oportunidades aparecem para todos
E, não há
desculpas; de uma forma ou de outra todos nós passamos por dificuldades que
ainda que pareçam insuperáveis e/ou diferentes em grau ao agente externo ao
indivíduo inquieto; ao final, elas se apresentam na medida exata das condições,
da capacidade de cada um, portanto, confirmando – ou afirmando: ser apenas os pretextos
- que nada justificam, apenas revela -, o que resta a massa maior.
Então é
fácil imaginar que, aqui nascer poderia ser comparado a participar de um grupo
afim onde, além do objetivo comum, se viciam. Consumindo ou expostos a todo o
tipo de droga, liberdades e entretenimentos. Destarte, o vício e a propensão ao
pouco caso acabam fazendo parte do processo, porém alguns superam essa vala
comum e se dedicam apenas ao objetivo transformador. Superar, e bem, o período
critico; é o que irá diferenciá-lo.
027.k cqe
Marcadores:
"Per se passion",
Da série Inteligentemente inteligente,
Tribos
Somando contra
Não estou
ajudando – Tenho trabalhado, agido a favor de meus detratores, quando, ao invés
de entender que é por conta do que há dentro deles, um emaranhado ininteligível onde escondem as sombras e as vergonhas que os tornaram o que são o que motiva
e da origem as suas ações, e assim amenizar suas farpas contra o mundo com um
anteparo de atos corteses, ao menos às lançadas na minha direção. Ao contrário,
tento sufocá-los com meu humor ácido demonstrando todo o meu egoísmo e falta de
traquejo, de paciência, vindo finalmente ser merecedor: se não de todas as
alfinetadas, de boa parte de seus ataques.
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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
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