sábado, 13 de fevereiro de 2016

Parcimônia






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Escrever, verdadeiramente, é um ato insano, onde muitos o têm como ingrato, ainda assim ele seduz; afinal, quantos de nós escrevemos pelo prazer, talvez apenas masoquista, de ser rechaçado por linhas inexplicáveis ao alheio; ao externo que por sua vez não se contém em externar todo o seu ignorar.

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Da força que escasseia - Ao formular uma ideia, alguns autores preparados para tanto, continuam insistindo com ela, e podem se debruçar por horas em sua lapidação. Por conta disso, muitas vezes não é possível que o alheio, em seu primeiro contato com a obra, perceba de imediato o que está acontecendo. Em suma, o autor precisa ter mais paciência para compreender que nem sempre é obvio entende-lo, ou melhor, quanto maior é sua paciência para definitivamente apontar seu aforismo, maior ela precisa ser para sobreviver à parcimônia do seu entendimento.


O verdadeiro artista busca o silêncio daqueles diante de suas obras; ou se tem isso, ou se está expondo ao ridículo.


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