“Ter a
desatenção de tornar-se hoje, um homem público remunerável, é sinônimo de
contaminar-se.
Não me conte de sua índole, já o conheço sem o tê-lo visto uma
única vez... afinal, é um homem público, sei perfeitamente do que é capaz.”
*
Definitivamente,
foram cerradas todas as portas para qualquer tentativa de ajuste real a
condição social humana, afinal, quem terá coragem, se dono de um pensamento
ajustado, enveredar-se a esse intento quando sabemos que a cada dia mais esses
senhores do poder se afundam com uma normalidade jamais vista no mundo
inegociável das negociatas e acertos, contaminando-se e levando de roldão todos
os demais que se aventuram nessa odisseia épica do poder desastroso dos novos
tempos!
Afinal, é
acertado afirmar que, em consequência do despontar generalizado de cabeças
“inimaginavelmente” sórdidas em meio a um mundo que precisa prezar pela
qualidade inequívoca da retidão, somada a ficção que parece escancarar através,
principalmente do cinema e seriados que hoje dominam o gosto popular, que a precificação
do homem comercial político possui quando muito duas opções: aceitar o valor
ofertado para liberar o acesso aos tentáculos seja da corrupção, dos mais
variados lobbies extorsivos ou da troca de poderes apenas amadoramente injustos
por profissionais diabólicos ditadores camuflados de urgentes portadores da
solução salvadora.
Está tudo
tão impregnado de corrupção que alguém de pensar sério, descente, não pode mais
se aventurar nos campos políticos públicos, nem com mísero acesso externo, isso
automaticamente o coloca na classe dos iguais.
De posse de
um discurso a-religioso; entendo como premente recurso, restar ao homem de boa
vontade procurar alguma forma invisível como atalho para auxiliar na retomada
de diretrizes sérias em caráter de urgência no redirecionamento do caminhar
humano. É inegável que o ajustar de forças materiais e imateriais seja
proclamado as claras, pois, ainda, o
que é visível é menos hediondo quanto o que antecipa o homem de bem que pouco
pode fazer.
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