“O que é conhecido é o habitual,
e o habitual é o mais difícil de ‘conhecer’”.
W.F.Nietzsche
Atingir o
absurdo é alçar-se a um paralelo ainda que o quadro esteja disposto ao todo
visível; espelhado na apatia do que olha.
Quase
impossível de ser rompida...
Da
ocorrência desse então raro alinhamento; choca-se, por finalmente definir o
conflito: da existência do belo contrastando com o surreal universo tornado real;
da tragédia em curso.
*
O absurdo
não é para o observar qualquer; comum; cotidiano; ainda que aí ele se dê... ou
não é observável a primeira vista, - muitas vezes nem nas primeiras vidas – para, como mágica, dele dar-se conta. Raro
é percebê-lo; normal é não fazê-lo. Ele passa despercebido por si só, e, ainda que olhado, ele é um absurdo dentro dele próprio por não conseguirmos
dimensionar sua proporção por conta de distorções intrínsecas próprias, por sua vez, por
conta da perspectiva do observador jamais estar posicionado de acordo com o
paradoxal.
Produto da incoerência, - ele é extraído do irracional originado dele próprio, como
se fosse o observador criado fruto de sua vaidade megalômana erigido para a
auto idolatria – e é por conta da conformidade
sempre hipnótica que anula a nossa e a sua insensatez, que faz com que não o
percebamos.
*
"Não é
por falta de amor à linguagem que estes filmes (trilogia Qatsi) não têm
palavras. É porque, do meu ponto de vista, nossa linguagem está em um estado de
vasta humilhação. Não descreve mais o mundo em que vivemos".
Godfrey Reggio
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