sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Koyaanisqatsi




“O que é conhecido é o habitual,
e o habitual é o mais difícil de ‘conhecer’”.
W.F.Nietzsche

Atingir o absurdo é alçar-se a um paralelo ainda que o quadro esteja disposto ao todo visível; espelhado na apatia do que olha.

Quase impossível de ser rompida...

Da ocorrência desse então raro alinhamento; choca-se, por finalmente definir o conflito: da existência do belo contrastando com o surreal universo tornado real; da tragédia em curso.

*

O absurdo não é para o observar qualquer; comum; cotidiano; ainda que aí ele se dê... ou não é observável a primeira vista, - muitas vezes nem nas primeiras vidas  – para, como mágica, dele dar-se conta. Raro é percebê-lo; normal é não fazê-lo. Ele passa despercebido por si só, e, ainda que olhado, ele é um absurdo dentro dele próprio por não conseguirmos dimensionar sua proporção por conta de distorções intrínsecas próprias, por sua vez, por conta da perspectiva do observador jamais estar posicionado de acordo com o paradoxal.

Produto da incoerência, - ele é extraído do irracional originado dele próprio, como se fosse o observador criado fruto de sua vaidade megalômana erigido para a auto idolatria – e é por conta da conformidade sempre hipnótica que anula a nossa e a sua insensatez, que faz com que não o percebamos.

*

"Não é por falta de amor à linguagem que estes filmes (trilogia Qatsi) não têm palavras. É porque, do meu ponto de vista, nossa linguagem está em um estado de vasta humilhação. Não descreve mais o mundo em que vivemos".

Godfrey Reggio

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