Ainda
que prestássemos atenção à ideia do Acaso; abandonamos pelos caminhos os
valores que poderiam: se não suplanta-la, moldá-la minimamente ao nosso
entendimento. Ao contrário, gostamos de encolhê-lo – reduzi-lo por conta da
poderosa falta de coragem humana para o reconhecimento, que obrigatoriamente
nos posiciona nas vias da sempre repousante, vontade egóica - como algo menor a
ser logo decifrado; ainda que este “logo” atue tão conveniente quanto
descuidadamente, como manobra de autoconvencimento.
Quando
o fazemos por pura imodéstia.
E,
de fato, se o posicionarmos de acordo, veremos que o Acaso se situa como
superior a tudo. A lógica, por si só, corrobora esta superioridade.
Como
algo patente pode ser contestado?
Se
estamos, conforme algumas filosofias, em um universo onde tudo está, apesar de
não parecer, arranjado; o Acaso, - singular e importantíssimo - sobressai-se como “não obediente” a comando
algum, independentemente das leis que regem o Todo.
É
incontestável que esta particularidade confira ao Acaso status de superioridade.
Algo muito além de qualquer observação egocêntrica que nossa pretensa
superioridade humana intente promulgar.
Da série; dos mistérios que devem
assim permanecer
090.M
cqe