Uma
vez registrada a palavra se faz matéria, quando essa simboliza uma verdade, não
há corrosão ou tempo que a destrua.
Uma
vez disposto aos noticiários, observar com atenção as “chamadas” – uma espécie
de, flanar na primeira página - é a melhor opção para quem não gosta ou não tem
tempo de lê-las, ou entende um pouco da tendência midiática que por si só e
justamente por isso, afasta o razoável de dissertações mais exacerbadas ou
análises acaloradas – a menos que observem na celeuma, a forma ou
intencionalidade da notícia e não o noticiado -, embora que, para fazer isso
com precisão seja necessário ter um bom histórico de percepção e o faro
intuitivo muito bem treinado.
“guardando
no bolso” - E, se se é bom em montar quebra cabeças de chamadas criando um
corolário subjetivo cognitivo, um histórico mental, o bom analista tem a seu
dispor arquivos absurdamente enormes e, ainda que as notícias não progridam
para uma definição, sabe este que em algum momento ela foi trazida a baila e que,
em suspenso, não há como nega-la, ou seja, se ela foi exposta na página inicial
e retirada por conveniência ou jogo de interesses por conta de tendenciosas
pautas futuras, não significa que aquela nota não deva ser levada em
consideração uma vez aventada – cabe aqui a máxima do elefante; ele nunca
esquece.
Apenas
o leitor atento e contumaz consegue montar sua própria rede de entendimento e
construir então uma visão holística, diversa e suficientemente ramificada da
situação universal como um todo.
Chegado
a este escopo, é difícil que o leitor responsável e diversamente preparado
possa ser enganado com desditas oportunistas ou notas especulativas.
Assim
também ocorre no cotidiano, mas para isso, é preciso sempre verificar;
averiguar o quanto de crédito merece não apenas suas fontes, mas o seu poder de
discernimento entre elas.
*
“Não acredite em algo simplesmente
porque ouviu.
Não acredite em algo simplesmente
porque todos falam a respeito.
Não acredite em algo simplesmente
porque está escrito em seus livros religiosos.
Não acredite em algo só porque seus
professores e mestres dizem que é verdade.
Não acredite em tradições só porque
foram passadas de geração em geração.
Mas depois de muita análise e
observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e
beneficio de todos, aceite-o e viva-o.”
Siddhartha Gautama Buddha
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