sábado, 7 de outubro de 2017

Par e passo - “Viés de confirmação”

Pragmaticamente falando em relação a otimização do real desenvolvimento propriamente dito, ao que se refere a evolução como seres inteligentemente pensantes e que entendemos manifesta e natural a busca por melhoramentos; por excelência.  Não sem tempo, antes de qualquer oposição ou asserção às ideias voltadas a construção ou continuação do que estamos fazendo, precisaríamos observar o quanto permanecemos par e passo com a evolução propriamente dita que no momento nos interessa – deveria nos interessar ou se, minimamente asseveramos ou vislumbramos algo do gênero -, ou seja, as: econômica, intelectual, eletroeletrônica, espacial e física, por exemplo. Justamente por conta da disparidade destes aspectos caso fosse aventada a conformação – ou seria confrontação? - dos opostos. E simultaneamente observar que há um bom par de décadas não apenas deveria, obrigatoriamente, ser de nosso interesse como também, se, obviamente, o corrente desenvolvimento é inferente ou condizente com o que é urgente e de suma importância entender como plausível e suficientemente forte para ser continuado, baseado ou observado no que conquistamos de melhor até então em questão de humano evoluído!



Por exemplo, se por um lado é obvio que as religiões respeitáveis e honestas não se reciclam por conta de uma base sólida, correta e imutável em correlação ao sagrado podemos entender que assim o é por elas existirem para o fim único de pautar as sendas humanas para que sempre observemos que há algo maior a ser buscado ou no mínimo a direcionar o homem por caminhos mais dignos; portanto as religiões milenares não promovem a sanha da evolução, elas são o que são, um cânon, uma régua, um gabarito pronto a ajustar, filtrar e alinhar minimamente o indivíduo desde o princípio nos valores que nortearão uma existência de convívio social respeitável e consequentemente assim obrigado a evolução, inicialmente, pessoal. 


    
Diferentemente do universo externo às crenças, nós, com bases sólidas de entendimento e de posse de valores obrigatórios apreendidos a todo convívio social necessário, desenvolvemos a vontade de evoluir. No entanto a conexão se perdeu; neste somos todo vontade enquanto relaxamos naquela. A boa religião continuou fazendo o seu papel, como o bom pai que não deve gerenciar o filho após as lições dadas. No entanto se o aprendiz continuasse observando estas lições, acertadamente trilharia um caminho tão experiente quanto, no entanto, mais seguro.    



Vivemos hoje uma situação ou síndrome do médico inapto com muitos clientes. O que o leva a negligenciar seu trabalho ao fornecer drogas para os pacientes a revelia, entendendo que este terá um fim único, provavelmente, a morte prematura, despreocupado em observar que seria mais inteligente melhorar suas técnicas para não perdê-lo, pois sua ética, seu comprometimento acadêmico e ao final sua profissionalização lhe traria não apenas o reconhecimento e consequentemente mais clientes, mas também a satisfação, ao final da vida, por ter feito um bom trabalho.



O que queremos dizer é que os poderes sócios políticos abandonaram as atenções para o fato de lançar mão do que é conhecido tão somente por viés de confirmação, por exemplo, para manter a população desatenta à caminhada par e passo com a evolução do acima mencionado; ou seja, de alguma maneira muitos de nossos representantes entendem que nunca houve tanta informação, tanto conhecimento disponível a população, esquecendo – por desinteresse ou propositalmente - que toda a informação precisa ser decodificada, onde a latente laicidade somada a hoje, quase natural e colegiada – sempre em grupo é mais fácil defender-se - revelia arraigada, vem provocando, ou melhor, corroborando a aversão que nós humanos trazemos no DNA quanto à dificuldade que temos em buscar traduzir qualquer ação que não nos interessa ou não entendemos – sem a devida atenção a sua presença. Se fosse de entendimento comum, seria muito importante mudarmos este modus operandi para um futuro próximo. Embora seja uma repetição, é necessário salientar uma vez mais, que somos dados à preguiça da busca. Preferimos manter uma teoria porque uma única opinião, muitas vezes desastrada, está em concomitância com nosso desleixo de pesquisar uma resposta apreciável ou verdadeiramente condizente que consequentemente nos manterá na zona de conforto do não esforço da busca por alternativas.

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O monstro da mudança - É mais fácil defender a não aceitação de uma tese bem defendida que enfrentar o monstro da mudança: a hercúlea tarefa de novas pesquisas.

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Vontade Latente - Aqui, agora, qualquer vontade altruísta é muita vontade; e muita vontade é coisa rara.




"O cérebro é como um bom advogado: dado um conjunto de interesses a defender, ele se põe a convencer o mundo de sua correção lógica e moral, independentemente de ter qualquer uma das duas. Como um advogado, o cérebro humano quer vitória, não verdade; e, como um advogado, ele é muitas vezes mais admirável por sua habilidade do que por sua virtude".

Robert Wright em "O Animal Moral"; se referindo a nossa parcialidade.

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“Nunca tantos tiveram acesso a tanto conhecimento e se mostraram tão resistentes a aprender alguma coisa".

Thomas Nichols









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