As
crianças, descobrindo-se pessoinhas, quando juntas a um adulto, enchem no de
perguntas enquanto confabulam entre si as mais diversas explanações sobre
seus descobrimentos prematuros, tornando e retornando a inquiri-lo sobre os mais variados temas e voltando-se ao grupo de amiguinhos com ares empertigados; algumas cheias de orgulho por conta de o tio ter dito algo que coincidisse com seu
vislumbre de pensar – ainda que este o fizesse por divertimento ou sem maiores
preocupações, dada a não intenção de prejudicar o aprendizado da petizada, e
claro, a importância do momento delas.
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Adultos
infantilizados - Podemos notar que é este estado infantil (acordado ou
estendido?) que se tem assistido nas redes sociais. Onde pessoas sem um mínimo
de entendimento confabulam entre elas, ou intrometendo-se em assuntos que de
nada entendem falando com propriedade de causa sem condição alguma de fazê-lo
por conta de uma inconsciência muito aquém do que se está a discutir.
Diga-se de
passagem, pouco do que se discute nas redes sociais podemos entender como o
melhor palco para fazê-lo.
E tudo
piora quando temos um “especialista” no grupo; voltando às crianças: uma quer aparecer mais que a outra, falar mais alto e atropelar tudo a fim de mostrar-se
já experiente no assunto; assunto este que invariavelmente não domina ou mesmo
jamais ouviu falar.
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