sábado, 10 de fevereiro de 2018

Crianças e plateia



As crianças, descobrindo-se pessoinhas, quando juntas a um adulto, enchem no de perguntas enquanto confabulam entre si as mais diversas explanações sobre seus descobrimentos prematuros, tornando e retornando a inquiri-lo sobre os mais variados temas e voltando-se ao grupo de amiguinhos com ares empertigados; algumas cheias de orgulho por conta de o tio ter dito algo que coincidisse com seu vislumbre de pensar – ainda que este o fizesse por divertimento ou sem maiores preocupações, dada a não intenção de prejudicar o aprendizado da petizada, e claro, a importância do momento delas.

*

Adultos infantilizados - Podemos notar que é este estado infantil (acordado ou estendido?) que se tem assistido nas redes sociais. Onde pessoas sem um mínimo de entendimento confabulam entre elas, ou intrometendo-se em assuntos que de nada entendem falando com propriedade de causa sem condição alguma de fazê-lo por conta de uma inconsciência muito aquém do que se está a discutir.








Diga-se de passagem, pouco do que se discute nas redes sociais podemos entender como o melhor palco para fazê-lo.








E tudo piora quando temos um “especialista” no grupo; voltando às crianças: uma quer aparecer mais que a outra, falar mais alto e atropelar tudo a fim de mostrar-se já experiente no assunto; assunto este que invariavelmente não domina ou mesmo jamais ouviu falar.


075.o cqe