O filósofo
de brio, movido pelo Ânimo, não deve buscar e muito menos ufanar-se por ter
suas obras reconhecidas em seu tempo/espaço; é mais do que visível que as
gerações vêm se deteriorando quanto à forma de pensar o homem conforme a sua essência. Portanto, o
intelectual honesto é exclusivo, e deve analisar as ações que lhes são
possíveis alcançar por si só; para seu bel prazer; para seu hobby, e então
conseguir com mínimo deleite atravessar por este vale de lágrimas, apurando
diligentemente seu pensar. Terminantemente, é impossível que homens que
analisam o existir humano, o pesquisador verdadeiramente engajado, o erudito,
vislumbre que seus esforços sejam reconhecidos por um grupo de pessoas que pensem à frente; o bom pensador pensa
para um mundo não mais possível, seu legado é retrógrado, impossível ao agora
contemporâneo, aos novos humanos que não se demoram nem mesmo no presente, perdendo-se
ao visualizar o futuro enquanto paradoxalmente destroem aquele para alcançar
este.
*
Respeito à
sagralidade
Luvas
brancas – Embora assim não vista, o Verdadeiro Filosofar é uma arte apartada
como qualquer outra e somente nestes termos deveria ser observada. Em casos
raros, e muito bem analisados, poderiam ser pinçadas uma ou outra observação e
encaixa-la fora de sua época – sempre em benefício da obra e da excelência -,
com todo o cuidado em manuseá-la. Do contrário ela, assim como uma pintura, uma
música, um monólito de mármore magnificamente trabalhado, não deve ser motivo
de alarde nocivo e sim de Admiração Plena do Belo arduamente garimpado.
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