Não é mais
possível balizar-se cegamente no que está escrito, nas conexões e ramificações
que chegam até nós quando a intenção busca alcançar um foro ou decoro seguro à
reta, acertada e verdadeira socialização. Por conta da inextricada rede de
sinapses materiais, subjetivas ou objeto e ocorrências que se deram por razões
totalmente desconhecidas; somado a uma atemporalidade humana construída da
necessidade, da urgência a que o mundo moderno vem exigindo.
Muito além
do perigo das antigas - porém rearranjadas e tornadas fonte de likes -, fake News, estão as lier News, ou seja, as verdades que assim se querem. No entanto,
também não o são ainda que tenham sido “oficializadas” e inoculadas a revelia
no mundo humano sem as pesquisas finais da ocorrência. A primeira é fácil de
ser detectada e suas origens e efeitos podem em tempo recorde serem observadas.
Ao contrário de um assunto discorrido por toda a sociedade como uma necessidade
que assim será acolhido ainda que não se esteja nem próximo de serem observados
os efeitos nocivos da verdade aplicada.
Quais
verdades daí derivam e quantas podem ser revistas e contextualizadas sob a ótica
cultural contemporânea? Nenhuma, a não ser ao cabo de muita determinação
individual – e que assim continue; calada.
Chegamos a
um ponto onde o verdadeiro filosofar perdeu o sentido de ser – o bom filósofo
foi repelido aos porões. Não é possível analisar e concluir um néctar puro de
tudo o que está aí a não ser que se tenha desenvolvido o próprio sentindo; do
que se está exprimindo. Hoje precisamos aprender a sentir o que é - se
quisermos algo genuíno; puro.
Tudo o que
deriva do escrito, do posto, tende a estar contaminado.
079.p cqe