Observando
sob um ponto de vista muitíssimo particular; não é totalmente equivocado
afirmar que o cerne da política é dominar o que o filósofo britânico Gilbert
Ryle chama de “Lenda Intelectualista” ao saber que todos os demais que serão
convencido por eles nos casos torpes não sabem exatamente ou não estão cientes
de nada ou jamais aventou-se que pudessem seus eleitos lançar mão desse
expediente; oportunamente a gama sorrateira o sabe e dele tira proveito
enquanto o massivo volumoso lado explorado sequer imagina a possibilidade de
que essa mecânica vem sendo aplicada há milênios.
*
“O
indivíduo deve primeiro reconhecer internamente certas proposições acerca do
que deve fazer... para se comportar – só depois – em conformidade com tais
ditames. Deve aconselhar a si mesmo antes de poder agir. O cozinheiro deve
dizer para si mesmo as receitas antes de poder cozinhar; o herói deve escutar
(internamente) algum imperativo moral apropriado antes de se atirar na água
para salvar o afogado; o enxadrista deve repassar em sua cabeça todas as regras
e táticas do jogo antes de poder fazer movimentos corretos e hábeis. De acordo
com essa lenda, fazer algo pensando no que se está fazendo é fazer duas coisas:
ter presentes algumas proposições adequadas e pôr em prática o que as mesmas
indicam. É fazer um pouco de teoria e, em seguida, um pouco de ação.”
Gilbert Ryle
Pinçado do
livro
O que
Sócrates diria a Woody Allen
de Juan
Antonio Rivera
068.p cqe