sábado, 26 de janeiro de 2019
Salomônico
Existe um
ponto onde os acontecimentos determinantes atingem seu ápice; nas formas com
que são recebidos e sabiamente enfrentados. Se se chega a esta certeza - o que
ocorre em raríssimas ocasiões por mérito próprio: não é mais possível que
ninguém duvide desta capacidade. Assim é atingido o zênite. Neste ponto se é
intocável, e por conta do desconhecimento daqueles que o margeiam possivelmente
não é preciso mais ação alguma. Estes próprios insinuam que não lhes devem nada
opor por conta da supremacia atingida.
051.q cqe
Sim ou não
A condição
limite de poder, onde temos a opção de decidir entre prejudicar ou não uma vida
dará a devida segurança e aval de exponencial valor caso não seja desferido o
golpe - autoritário, constrangedor, físico. Já, ao não se ouvir as
prerrogativas – da lei, da razão ou sagradas – e a má ação se perpetrar; passos
contrários obrigatoriamente enterra o agressor amarrado junto à vítima até que
alguma justiça em foro devido se pronuncie ajuizando e ajustando o caminho
evolutivo até então desdenhado.
Da série; vamos prorrogar a existência dos sentimentos
050.q cqe
Marcadores:
Atma distante,
Drako; Tardo,
hellvangélica,
ouse
Exercício
Na sua
preleção final, concluiu.
“Experimente
exprimir no papel em palavras sinceras um que outro ímpeto mais acentuando
enquanto perceptível; resquícios do teu primitivismo e que entendas, continuam sufocando minguadas nobres vontades que despontam aqui ou ali: por certo
vereis que eles adquirem um peso ainda maior do observado antes da coragem de
tê-los guiado ao bico da pena...
...e então...
assuma-os...
...e
então... vença-os.”
Da série; mecanismos
049.q cqe
Desvirtuados
Marcadores:
"zeros somados",
Citações,
Descortesias perdoáveis,
IMPai,
Repentes,
Seahaven,
Verdades incontestes
sábado, 19 de janeiro de 2019
"Game"/"Soma"/"Meta"
“Uma das
principais funções de um amigo é suportar (sob forma atenuada e simbólica) os
castigos que nós gostaríamos, mas não temos possibilidade, de infligir aos
nossos inimigos” p216
Passou a
mão pelos olhos, como se procurasse apagar da lembrança a imagem daquelas longas filas de anões idênticos nas mesas de
montagem, daquelas manadas de gêmeos enfileirados na entrada da estação do
monotrilho de Brentford, daquelas larvas humanas que rodeavam o leito de morte
de Linda, da fisionomia incessantemente repetida de seus agressores. –
Horríveis! p266
“- É um
absurdo. Um homem decantado como Alfa, condicionado como Alfa, ficaria louco se
tivesse de fazer o trabalho de um Ípsilon Semialeijão; ficaria louco ou se
poria a destruir tudo. Os Alfas podem ser completamente socializados, mas com a
condição de que se lhes dê um trabalho de Alfa. Somente a Ípsilon se pode pedir
que faça sacrifícios de Ípsilon, pela simples razão de que, para ele, não são
sacrifícios. São a linha de menor resistência. Seu condicionamento fixou
trilhos ao longo dos quais ele tem de correr. Não tem outro remédio, está
predestinado. Mesmo depois da decantação, ele fica sempre dentro de um bocal,
um bocal invisível de fixações infantis e embrionárias. Cada um de nós, é claro
– continuou meditativamente o Administrador -, atravessa a vida no interior de
um bocal. Mas, se somos Alfas, nosso bocal é relativamente enorme. Sofreríamos
intensamente se nos víssemos confinados num espaço mais estreito. Não se pode
pôr psudochampanha para castas superiores em bocais de casta inferior.
Teoricamente, isso é óbvio.” P267
“- Sim – continuou Mustafá Mond -, essa é outra parcela no custo da estabilidade. Não é somente a arte que é incompatível com a felicidade, também o é a ciência. Ela é perigosa; temos de mantê-la cuidadosamente acorrentada e amordaçada.” p270
“- Às vezes
lamento haver renunciado à ciência. A felicidade é uma soberana exigente,
sobretudo a felicidade dos outros. Uma soberana muito mais exigente do que a
verdade, quando não se está condicionado para aceita-la sem restrições. –
Suspirou, tornou a calar-se, e logo recomeçou, com mais vivacidade: - Enfim, o
dever é o dever. Não podemos consultar nossas preferências pessoais.
Interesso-me pela verdade, gosto da ciência. Mas a verdade é uma ameaça, a
ciência é um perigo público. Ela é tão perigosa hoje quanto foi benfazeja no
passado. Deu-nos o equilíbrio mais estável que a história registra.” p272
“Mas não
podemos permitir que ela (a ciência) desfaça a boa obra que realizou. Por isso
limitamos com tanto cuidado o círculo das pesquisas; por isso estive a ponto de
ser mandado para uma ilha. Nós permitimos apenas que ela se ocupe dos problemas
mais imediatos do momento. Todas as demais pesquisas são ativamente
desestimuladas. É curioso – prosseguiu, depois de pequena pausa – ler o que se
escrevia na época de Nosso Ford sobre o progresso científico. Segundo parece,
imaginavam que se podia permitir que ele continuasse indefinidamente, sem
consideração a qualquer outra coisa. O saber era o mais alto bem; a verdade, o
valor supremo; tudo o mais era secundário e subordinado. É certo que as coisas
já então estavam começando a mudar. Nosso Ford mesmo fez muito para diminuir a
importância da verdade e da beleza, em favor do conforto e da felicidade. A produção
em massa exigia essa transferência. A felicidade universal mantém as
engrenagens em funcionamento regular; a verdade e a beleza são incapazes de
fazê-lo. E, é claro, cada vez que as massas tomavam o poder público, era a
felicidade, mais do que a verdade e a beleza, o que importava. Não obstante, e
apesar de tudo, a pesquisa científica irrestrita ainda era permitida.
Continuava-se a falar na verdade e na beleza como se fossem os bens supremos.
Até a época da Guerra dos Nove Anos. Ela fez com que mudassem de tom, posso
garantir-lhes. Que valor podem ter a verdade, a beleza e o conhecimento quando
as bombas de carbúnculo estouram em torno de nós?” p273
- O senhor
poderia igualmente perguntar se é natural fechar as calças com zíper – retrucou
o Administrador sarcasticamente. – Fez-me lembrar outro desses antigos, chamado
Bradley. Ele definia a filosofia como a arte de encontrar más razões para
aquilo em que se crê por instinto. Como se nós acreditássemos em alguma coisa,
seja o que for, por instinto! Cremos nas coisas porque somos condicionados a
crer nelas. A arte de encontrar más razões para aquilo em que se crê por outras
más razões, isto é a filosofia.” p280
“- Meu
jovem amigo, a civilização não tem nenhuma necessidade de nobreza ou de
heroísmo. Essas coisas são sintomas de incapacidade política. Numa sociedade
convenientemente organizada como a nossa, ninguém tem oportunidade para ser
nobre ou heroico. É preciso que as coisas se tornem profundamente instáveis
para que tal oportunidade possa apresentar-se. Onde houver guerras, onde houver
obrigações de fidelidade múltiplas e antagônicas, onde houver tentações a que
se deva resistir, objetos de amor pelos quais se deva combater ou que seja
preciso defender, aí, evidentemente, a nobreza e o heroísmo terão algum
sentido, Mas não há guerras em nossos dias. Toma-se o maior cuidado em evitar
amores extremados, seja por quem for. Não há nada que se assemelhe a obrigações
de fidelidade antagônicas; todos são condicionados de tal modo que ninguém pode
deixar de fazer o que deve. E o que se deve fazer é, em geral, tão agradável,
deixa-se margem a tão grande número de impulsos naturais, que não há,
verdadeiramente, tentações a que se deva resistir. E se alguma vez, por algum
acaso infeliz, ocorrer de um modo ou de outro qualquer coisa de desagradável,
bem, então há o soma, que permite uma fuga da realidade.” P 283
Admirável
Mundo Novo
Aldous Huxley
Biblioteca
Azul
*
Quais
escravos
...e os
escravos da nova era já não têm cor, têm cores. Quais àqueles: se lhes fosse
dada a alforria pouco poderiam fazer por não entenderem o significado muito
menos o sentido da liberdade.
047.q cqe
“Grão de areia”
[...]
Trazendo
para uma explicação menos serial, menos materialista, no entanto ainda não
familiarizada. Era preciso compreender - avaliando sob o aspecto do “grão de
areia” – que aqui é manifesta uma pergunta que muda tudo a partir do instante
em que ela é gestada não por mera curiosidade como vem sendo apresentada em
joguetes de especulação ao longo das mais remotas eras. Sob a celeuma da
frivolidade, tratada como milhares de outras questões cuja resposta entra em um
ouvido e sai por outro – quando não ridicularizada -, e sim, ela deve ser expressa
arrebanhando, aglutinando todo o cabedal de conhecimento, ela deve ser pensada
por dias, por anos talvez. Forjada. E ao se acreditar que trabalhou com a
devida seriedade a questão; ao entender que ela está suficientemente maturada,
que a meditação apurou o máximo possível para o entendimento empregado e que o
orgulho, os dogmas, todas as lavagens cerebrais políticas, sociais e religiosas
foram reduzidas ao lugar que lhes cabe, e que então finalmente se está nu
diante das distintíssimas respostas que se seguirão – sim, respostas, porém uma
única será a cada um destes buscadores destinada. Têm-se uma série delas; mas a
pergunta será feita no Espaço Tempo Matéria, e todo aquele que aqui habita e não
se atentou verdadeiramente à tese, não está preparado para “A Resposta” - até
porque os graus de entendimento se estendem para muito além do ETM.
Ao se
perceber nu, ao se perceber destituído de uma grande parte do ego, então – se
ainda assim houver a necessidade - poder-se-á questionar: “Grão de areia em relação a que?”. [sic]
Detalhe do texto “Espaço Tempo Matéria – ETM”
046.q cqe
Ser chave
Tranquiliza-me
o fato de que a filosofia do “tudo em seu tempo” é verdadeira, e aprendi uma
lição que se tornou uma máxima no meu existir, todos, mas todos mesmo que
cruzam o meu caminho devem ser observados e respeitados ainda mais, a partir de
então, afinal, também posso ser eu um portal à abertura; quem sabe?
045.q cqe
Marcadores:
Ainda buscando,
Drako; Tardo,
Gaia Métis,
Qualia,
Semainei,
Tornando visível
sexta-feira, 18 de janeiro de 2019
sábado, 12 de janeiro de 2019
Rejeitos
Canudo plástico – Você pode,
até descobrir que não pode... isto é, até conhecer; tomar ciência.
*
Você pode até descobrir que não deve mais assim proceder,
que a evolução obrigatória, finalmente, agora condena o até então permitido,
transformando-o em permissível indecoroso, fora da lei, condenável ou execrável
por conta do amadurecimento social.
Filosofia
do Canudo Plástico - Por dezenas de anos insistimos que o ato de sorver algo
através de um mísero canudo de plástico por um breve período de mais ou menos
quinze minutos levava ao impensado, ao celerado ato seguinte: de dispensá-lo na
natureza para uma sobrevida de até quinhentos anos. Já, para uns poucos, apropriados
de um pensar renovado e finalmente cientes do absurdo da atitude insana
impossível de ser praticada, agora tentam trazer os mais próximos à razão. Houve
uma abertura para a conscientização. Assim é para todos os nossos atos. A partir
do instante em que apreendemos que nossa atitude fere ou vai de encontro à
vida terceira, o grau desta ação é potencializado e rompe uma barreira não
percebida até então. Continuar com as mesmas atitudes após esta retomada de
consciência, parece-nos, residir aí uma espécie real de pecado.
042.q cqe
Nenhum mistério
Muito
provavelmente estamos - sob a ausência de vontades - sobrevivendo ao maior,
contudo, imperceptível espetáculo de fuga da realidade que jamais se imaginou.
Uma fração significativa que não está promovendo a própria fuga, simplesmente
por conta da alienação total, permanece alheia ao novo. Atados ao cotidiano,
promulgando com orgulho aos quatro ventos o fato de terem sobrevivido ao
flagelo das mais disparatadas ondas; recontam histórias sobre o que foi. Já a
fatia que realmente conta à manutenção do comemorado futuro que chegou; está embalada
na fuga da grande massa tecnológica encabeçada por aparelhos eletrônicos
disseminadores de “informações” (fofocas e mentiras e meias verdades ou
verdades convenientes) em aplicativos e mídias sociais que, quais nossos
antepassados sobre o mote da vez, desconhecemos seus meandros – e como sempre:
o que causam. Tem como companhia, o auxílio da política e da mídia oficial que
a reboque estão sendo levadas por este turbilhão, ampliando ainda mais o
espectro, vendendo aparências ao imaginar-se entendendo eleitas naturais a
predecessoras do novo, os dois órgãos estão, tão implicitamente – providencial
– quanto obviamente, inteiradas o suficiente para o volume absurdo; o mar de
informações que se reproduz com uma velocidade impensada para qualquer mortal,
mesmo aqueles nerds – artificiosamente explorados -, pais do colosso, quando,
na realidade, o que as mentes ultrapassadas que vem ditando destinos sob o
verniz (tendencioso) dos antigos veículos de informação estão fazendo – obvio,
usando a velha e mais do que nunca sempre útil manha de que está tudo sob
controle – é, camuflar a realidade (modus
operandi): enquanto capengante e aos trancos e barrancos tentam seguir ou
seria surfar no imbróglio...(?) Ops! Desculpem; a política e a mídia jamais
estão erradas, afinal elas somadas a religião nos trouxeram em segurança até
aqui.
040.q cqe
sábado, 5 de janeiro de 2019
A dor como meio
A dor e o
sofrimento devem ser por nós explorados para uma espécie de acordar, para o
nosso questionamento de o porque? Qual é a do sofrimento e da dor? – sem
derrapar para a autocomiseração, a auto piedade. E então suplantar este
instante acordando para realidades outras; possíveis ou apenas, aventadas;
despertando em nossa atenção alguma outra forma de existência onde a dor e o
sofrimento não existam. Porém é incrível que nós estejamos tão enfronhados
nesse existir materialmente condicionado que ao contrário de nos atentarmos
para outra realidade, nós revertemos a situação procurando culpados ou
aceitando como animais inconscientes que esta é a única realidade possível.
Era preciso
agir de forma moderada, calculando, observando, analisando e se perguntando o
porquê das coisas, abandonando a crítica desregrada; contumaz, e com
inteligência, meditar sobre a questão e a possibilidade ou não de respostas
plausíveis. Elas existem sim, todas. Mas em tempos onde reinam a impaciência e o
excitamento, não é demais alertar que as fontes mais puras somente se dão ao
verdadeiro buscador. Era preciso buscar com coragem, porém antes é preciso
praticar a perseverança na autovalorização, no ensimesmismo sério – não vaidoso
- para iniciar a investigação.
039.q cqe
Se valeu a pena!?!
Responder que valeu a pena só serve ao comezinho; relegando o esforço a mísera conquista.
Responder
que valeu a pena cabe tão somente aquele que ainda está em busca de conquistas.
Uma vez superados os desejos; atingimos o patamar das execuções originadas sob
os augúrios da Arte, do Belo. Dos prazeres das energias empregadas em plena
caminhada.
038.q cqe
Marcadores:
Azeitando algoritmos,
Da série "Desti lado",
O Entusiasta,
ouse,
Seahaven,
Überphylos
Telhado de vidro
Questão de
confiança - A maioria de nós somos pedra e vidraça, e o perigo reside no fato
de que nossos histórico e movimento serpenteiam nos alinhando equivocada e
displicentemente com a vontade ilusória de ser a primeira.
Quantos de
nos vagamos se equilibrando no fio da navalha entre o que é e o que aparenta
ser. Quantos sabem como somos na realidade, porém como dizia o velho filósofo:
“suportam-se”; sob o verniz social do “acariciar-se” mutuamente?
Nada de
anormal, aqui. Isto nem é uma crítica. A socialização atabalhoada de ignaros
ancestrais perpetuou-se até os nossos dias, forçando o estado posto.
"Será
o Homo sapiens capaz de dar sentido
ao mundo que ele criou?"
Yuval Noah Harari
036.q cqe
Vãos
Da infinidade de perspectivas
variáveis ainda completamente cerradas; se não cresse descambaria para o desperdício.
*
Um quer
legenda, outro estanca em uma parte qualquer, outro não se interessa, muitos
torcem o nariz e um chegado comentou algo sobre o fato de a ideia permanecer em
suspenso. “Quando chega ao final do texto me parece que a ideia não é
finalizada; a coisa não acontece” ou coisa que o valha.
Existem
fins; fim? Não.
Por isso a
percepção é finalizada em suspenso. Mas a ideia é que ela seja continuada por todo
aquele que se predispõem a ler e não necessariamente com ela concorde (veja que
não é “ele concorde”, por não ser o autor o dono da ideia. Sempre aqui será o
texto, é a ideia em si que teve vontade de se fazer ouvir, o autor sempre será
apenas o instrumento), mas a partir de então inicie uma observação de o porquê
as palavras se deram ao trabalho de serem grafadas!
035.q cqe
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