sábado, 5 de janeiro de 2019

A dor como meio



A dor e o sofrimento devem ser por nós explorados para uma espécie de acordar, para o nosso questionamento de o porque? Qual é a do sofrimento e da dor? – sem derrapar para a autocomiseração, a auto piedade. E então suplantar este instante acordando para realidades outras; possíveis ou apenas, aventadas; despertando em nossa atenção alguma outra forma de existência onde a dor e o sofrimento não existam. Porém é incrível que nós estejamos tão enfronhados nesse existir materialmente condicionado que ao contrário de nos atentarmos para outra realidade, nós revertemos a situação procurando culpados ou aceitando como animais inconscientes que esta é a única realidade possível.


Era preciso agir de forma moderada, calculando, observando, analisando e se perguntando o porquê das coisas, abandonando a crítica desregrada; contumaz, e com inteligência, meditar sobre a questão e a possibilidade ou não de respostas plausíveis. Elas existem sim, todas. Mas em tempos onde reinam a impaciência e o excitamento, não é demais alertar que as fontes mais puras somente se dão ao verdadeiro buscador. Era preciso buscar com coragem, porém antes é preciso praticar a perseverança na autovalorização, no ensimesmismo sério – não vaidoso - para iniciar a investigação.

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