Muito
provavelmente estamos - sob a ausência de vontades - sobrevivendo ao maior,
contudo, imperceptível espetáculo de fuga da realidade que jamais se imaginou.
Uma fração significativa que não está promovendo a própria fuga, simplesmente
por conta da alienação total, permanece alheia ao novo. Atados ao cotidiano,
promulgando com orgulho aos quatro ventos o fato de terem sobrevivido ao
flagelo das mais disparatadas ondas; recontam histórias sobre o que foi. Já a
fatia que realmente conta à manutenção do comemorado futuro que chegou; está embalada
na fuga da grande massa tecnológica encabeçada por aparelhos eletrônicos
disseminadores de “informações” (fofocas e mentiras e meias verdades ou
verdades convenientes) em aplicativos e mídias sociais que, quais nossos
antepassados sobre o mote da vez, desconhecemos seus meandros – e como sempre:
o que causam. Tem como companhia, o auxílio da política e da mídia oficial que
a reboque estão sendo levadas por este turbilhão, ampliando ainda mais o
espectro, vendendo aparências ao imaginar-se entendendo eleitas naturais a
predecessoras do novo, os dois órgãos estão, tão implicitamente – providencial
– quanto obviamente, inteiradas o suficiente para o volume absurdo; o mar de
informações que se reproduz com uma velocidade impensada para qualquer mortal,
mesmo aqueles nerds – artificiosamente explorados -, pais do colosso, quando,
na realidade, o que as mentes ultrapassadas que vem ditando destinos sob o
verniz (tendencioso) dos antigos veículos de informação estão fazendo – obvio,
usando a velha e mais do que nunca sempre útil manha de que está tudo sob
controle – é, camuflar a realidade (modus
operandi): enquanto capengante e aos trancos e barrancos tentam seguir ou
seria surfar no imbróglio...(?) Ops! Desculpem; a política e a mídia jamais
estão erradas, afinal elas somadas a religião nos trouxeram em segurança até
aqui.
040.q cqe