sábado, 23 de maio de 2020

Adaptados



O Coronavírus pode ser classificado como um gigante que cagou, defecou – como corrige o Vitão – em partes do país, e nós, o povo, como formigas de uma imensa colônia que é estressada, no entanto, logicamente, sem a mínima organização assistida em um formigueiro; estamos a correr para todos os lados - ou não.




Qualquer pessoa com mais de meio século sabe que basta um pequeno cutucão no formigueiro, que um sinal de alerta no seu interior soa e imediatamente, dá a impressão que todas as formigas saem ao que parece, para se inteirar da situação.






No formigueiro isto que a nós, pessoas comuns entendemos como um deus nos acuda, não é; os especialistas já nos informaram que tudo, no sítio, tem um propósito. A correria das formigas ensinam os estudiosos, é parte de uma ação orquestrada para restabelecer no menor tempo possível seu funcionamento.





Do nosso lado na verdade, nem houve muita correria, não do povo em si após a ação inesperada e covarde. Nós, o povo; confiamos nos governos. Estes sim são os únicos que promovem a correria, afinal eles não sabem o que fazer realmente e sempre prometeram para o eleitorado que não se preocupasse, afinal eles são o poder, responsáveis; foram eleitos pelo povo para dar o seu melhor. No entanto, é claro que eles jamais imaginam que um dia uma pandemia possa dar as caras.




Muitos deles então; correm para fazer o que também veladamente tencionaram ao saber das ocasiões que lhes caem às mãos ao participar da política, e aí, toda a hecatombe é uma beneficiária oportuna em potencial.





Nos demais níveis; adaptamo-nos e aos poucos vamos nos acomodando. Como sempre; o que se há de fazer? Nem mesmo as medidas que cabem a nós são necessariamente bem vindas, não gostamos de nos incomodar, e nem sempre seguimos tudo o que eles nos dizem para fazer.
Por que motivos? Ah! São os mais variados.






Ontem li algo que apontou um especialista da saúde; “já seria um avanço se o brasileiro se dignasse a lavar as mãos”. Porém era um especialista falando; e nós, o povo, não sabemos muito sobre especialistas. Sabemos ainda menos sobre eles que sobre os políticos, mas, afora os locais que o governo deixa desassistido nas necessidades básicas – essas que permitem a família do eleitor o ato simples de lavar as mãos; para alguns poucos o que choca é o significado desse alerta.



Enquanto isso, o que o gigante despejou, dada a desordem generalizada, vai se disseminando, contaminando e, portanto, causando estragos mesmo onde o monstro nem passou perto.



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