sábado, 29 de agosto de 2020

Filhote eterno



 

Da desatenção com a atenção dada

O homem é o mamífero cuja cria precisa permanecer um tempo maior junto à mãe; daí, não se pode negar que a fração dominante descobriu isso, e mais, como continuar explorando com eficiência este pulo do gato – sua dependência -; a cada geração, alimentando nestes filhotes exúberes utopias retroalimentadas, portanto, a vantagem de assim continuar perpetuam-se em dependentes eternos.





Somos uma espécie que, arrolados ao mito da inteligência, não damos atenção ao devido, enquanto, pretensiosos por conta dessa alusão, nos distraímos com o indevido, perpetuando a ficção.



 

Inaugurando marcador homens “especiais”

Dá série; episcopálidos





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Questões de justiça

 



Quando será justo trabalhar a questão de que um pregador, um padre, pastor ou vigário qualquer sei lá, alguém nesta (des)ordem, poderá em alguma instância ser condenado por pregar inverdades e finalmente ser enquadrado em crimes tão ou mais perversos que aqueles comuns convencionados às leis que comandaram até então nosso estado de coisas?




Episcopálidos - Dado o que temos como evolução social/tecnológica; o que, da doutrinação secular continua ipsis litteris sendo aplicado baseado no compromisso hermético de crenças dogmáticas quando nem sempre se encaixa ou tornou-se obsoleta há muito, se comparado ao que promulgamos e nossos contemporâneos alardeiam como avanço?


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Tempo secular – O Tempo te traz ou te traga

 




Secular, obviamente, O Tempo é mais velho que o homem, portanto muito a frente de suas dúbias apostas. O Tempo pode ser rasteiro, pode ser amigo; O Tempo se molda ao homem que faz. O Tempo é sábio, por isso ele se adapta ao homem por conta da sapiência granjeada. Por entender o homem. O homem é um ser momentâneo, e ainda que tudo possua; tem muito de desgraçado; de pobre diabo, O Tempo simplesmente vai, o homem faz por merecer que O Tempo o conduza ou o deixe a margem para que viva com o próprio homem.


Não penso estar adiante do meu tempo, penso estar no tempo certo, é a humanidade como um todo que vem se arrastando; pensamentos, dogmas e paradigmas. O tempo não para; sob precisos aspectos não há como alguém ser do futuro, e sob o comum, não são figurinhas fáceis; alguém o é aqui agora; isto é.





É possível um plano concomitante ao tempo?

Com relação a nós – e ao nosso -, no mais das vezes, nossa socialização parece não ter acompanhado O Tempo.

 

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sábado, 22 de agosto de 2020

O caso é...

 


Vive-se uma vida toda e então em algum instante um que outro percebe que finalmente pode ser o cara – por que não? Mesmo o vovô de alguém... você pode ser o alguém que sempre cogitou - as vezes até, finalmente. E então você com você se vê na obrigação de se perguntar; “eu realmente sou este cara?”.




A vida é um lapso, e somente a entenderemos quando aprender que vivemos por um lapso, um insight que definirá não o que parecemos ser, mas o que somos.




A simplicidade é a chave.

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Bom senso!?! Hoje!?! Humm!?!

 


Como exigir bom senso em meio a “Modernidade Líquida?





Especialistas discutem a impossibilidade de julgar os valores como o fizemos no passado, e o que parece ser um disparate é o salvo conduto para uma socialização minimamente possível e/ou exposta.


Como funciona isso? Então os valores não são inegociáveis? Não se analisarmos sob o aspecto de honra, hombridade, caráter, e sim se observarmos que o mundo mudou muito e não temos mais tempo para educar indivíduos sob a régua do bom senso, ou seja, o mundo aprendeu a se virar; não é mais questão de distinção, vivemos o atropelo e neste estado ou aceita, engole, “dá seu jeito”, ou procura-se alguém que o faça, simples assim – por conta de não se ter atenção a isso; estamos ariscados ao mais alto grau de amadorismo.



Na outra via, ou de encontro a esta realidade, assistimos as novas gerações sendo criadas sem os reveses das anteriores; tudo está “mais fácil” – aqui falo dos visíveis; afinal é por conta deste estado que a invisibilidade só aumenta -, em muitas situações, mesmo entre os mais necessitados, a comida vem na boquinha e aí temos o reforço ao desrespeito; quem foi mimado em casa - ou largado ao deus dará como se o mundo fosse a extensão da micro redoma familiar - não entende porque não o é fora, e daí a falta de respeito com o terceiro tornou-se uma espécie de vingança de contrariedade que por sua vez, por razões óbvias se transformou em uma egrégora exponencial e talvez esta seja a maior razão dos grupos polarizantes: ou você pertence aos meus grupos e pensamos igual, - independentemente do que eu poderia pensar se agisse só - e de grupelhos afins que, se se alinharem conosco, ok, do contrário estarão contra nós e então o desrespeito impera.

Construir uma força individual tornou-se extremamente difícil - ser um líder nato; daqueles que não se vende. Somos obrigados a nos reunir em grupelhos até escalar agremiações com maior poder midiático; é desta trilha que sairá a personalidade apurada ou mesclada conforme a determinação de cada um. E assim, somente migrando na modinha volátil das polarizações, lutando com grupos rivais, como os antigos guerreiros se acochavam no barro, estes, a maioria consumidora de embutidos: são valentes apenas em grupos de beberrões, gourmet, políticos, futebolistas etc., que destilam suas verborragias nas arenas das redes.



Aprendemos muitas outras novas formas de fazer ou contornar situações até então incontornáveis. A globalização trouxe o mundo para o quintal de casa e, se o antigo fornecedor insiste com suas regras, o mundo está aí, aberto com ofertas de toda ordem, não há mais fidelidade alguma com o fornecedor e a concorrência não é mais local.






A massificação, a coisificação comprimiu e simplificou a socialização a um pensar globalizado. Nunca foi tão fácil pensar diferente na mesma proporção de que é muito difícil sair deste vórtice da ordinariedade.








O viés da polarização é um dos ícones desta realidade. Ao mesmo tempo em que se ampliou a oferta de coisas, o estado das coisas nos trouxe a todos para as partidarizações concentradas ou ainda pior, radicais.






Ao ser fisgado para qualquer que seja a divisão, entrega-se as rédeas da vontade ao comando maior daquele estado de coisas. Esta decisão que jamais será a mais acertada, sempre é a mais cômoda e - ao que parece - assim continuará; afinal ela não exige a preocupação individual; somos agora parte de uma associação cujo lema é não deixar nenhum associado na mão.

 

“A maneira mais segura

de estragar um jovem

é incitá-lo a estimar

mais quem pensa como

ele do que quem pensa

diversamente.”

 

F. W. Nietzsche

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Do que se trata a inteligência

 


...

Assim somos nós. Quando obrigados a ações e representações suscetíveis a abortar vontades e sonhos, mesmo arraigados, não temos argumentos suficientes para encontrar uma saída honrada e invariavelmente preferimos nos entregar, atrofiando forças e dádivas naturais, fazendo com que nossa fonte particular de vontade seque. Portanto, desgarrados destas, não ousamos persegui-las, não olhamos para trás, e, uma vez apagadas, jamais serão resgatadas.




A inteligência não prega peças, porém o entender-se sim. Partindo de uma análise particular, ela parece não funcionar exatamente como a entendemos, assim, a pessoa não é inteligente, ela tão somente dedicou-se a uma vontade latente; dedicou-se de forma corajosa, confiante, ou premeditadamente ensurdecida por um dogma, imposição a uma necessidade, pretensa vocação, ou em muitas situações por obrigação ou pura e simples conveniência; é impressionante como tantos de nós não possuímos o que entendemos ser inteligência para reverter uma vontade estranha a voltar-se as suas quando outros poucos entendem que muitos – e há muito - acabam predispostos a quereres outros.




Antes da declaração de inteligente alforriado, 

é necessário perceber o que ainda fazes obrigado.




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sábado, 15 de agosto de 2020

Litígio eterno

Nós, o povo, seremos sempre aqueles desgraçados que mendigam justiça, obrigados a advogados de toda ordem que irremediavelmente irão perder nos tribunais, onerando ainda mais uma vida de requerente escasso que perdeu e ainda deve as custas ao advogado.



Nós, o povo, quanto mais cedo aprendermos que nascemos para perder; menos contas teremos a pagar, afinal, invariavelmente, em nossos requerimentos, perdemos e ainda pagamos a conta.


Nós, o povo, devemos lutar com um único objetivo, objetivo este que nos diferenciará do homem ordinário: adquirir a consciência de que podemos sobreviver ao poder de comando mesmo relegados ao mínimo que ele nos reserva; porém nossa moral, dignidade e caráter, poderão ao final da vida se constituir em inegociável salvo conduto para, diferente daqueles vis associados, morrermos depauperados, porém em paz.



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Ânsia desperta

 


O que digo, a princípio, não faz sentido

O digo de graça

Doação gratuita desabastecida de valor

Limitados são sentido e não sentido

O impropriado limite particular

Nasci Boca Aberta

Como me tornar útil

Como tornar útil o dito

Como tornar útil o prolixo

O verbo

Tornar Meu Verbo

Uma coceira nas costas

Uma cutícula mal feita

A pele soerguida em torno da unha

Ali incomoda

Mal arrancada dói

Na hora e dias depois

O fiapo no dente em dias de pandemia

A pedra presa à sola da bota

O capim agarrado entre os dedos e a tira do chinelo

Ânsia desperta

Quem primeiro cravará os dentes na acidez da casca

Enquanto elegíacos se atêm ao ordinário ocre

Tão somente o fausto provará da iguaria doce



 

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segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Dos pais e da maturidade

 


A beleza de ser pai

somente se completa

quando suplanta

a maturidade do filho.

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sábado, 8 de agosto de 2020

Do conforto do pertencimento

 


Antes de um pensar lógico nos acomodamos na ideia simplista e inegável de que pertencemos a uma matriz pronta e inegociável onde elementos naturais, personagens inequívocos do planeta, ditam as regras. Lei da gravidade, a dependência dos recursos naturais, as marés, intempéries e geografias; é assim que funciona e não há o que ser feito e então há uma espécie de conforto por conta do que possuímos de melhor; nossa adaptabilidade.

Isto posto, vamos para a etapa seguinte, construir a nossa matriz de conforto suportável, adequados ao existente imutável, afinal aprendemos sobre algo chamado Livre Arbítrio e não é possível que não façamos valer nossas vontades.

E em que momento adquirimos confiança; que gabaritos suficientemente sólidos escolher para solidificar, no dia-a-dia, nossas certezas?




O que fazer para assegurar em meio ao imutável, tornando “quase” natural, um naco a mais... situações que levam cada indivíduo humano a asseverar como; seu limite? E, ainda que ansiando por mais e melhor e assegure ter aprendido que a busca não deva cessar e que é preciso aprender a desenvolvê-la respeitando o que já foi ou não conquistado ou lhe pertence enquanto observa oportunidades outras que jamais poderá ter neste exíguo espaço/Terra e aí confortar-se com plausibilidade; continuar com toda a força, vontade e vitalidade que o mantém vivo!?!

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Prática do bom trato

 


Respeite os bons porque merecem e os maus para que não falem mal de você.

A boa política e empatia terão sempre alguma solução prática, elas são um ótimo remédio no absurdo processo do enfrentamento social.





No universo corporativo, principalmente, encontraremos desesperados de toda ordem, e a cada dia mais somos obrigados a ambos, e em tempos de “existência líquida” o processo só piora. As soluções, se nos tratarmos de mais um, são escassas, mas se agimos com inteligência é mais fácil suportar e sobreviver a torrente.







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بيروت آخر عرض

 

Ai daquele que estiver próximo do epicentro, do elo a se romper, onde está se desenhando um abcesso inevitável qualquer; o local designado que força contraria alguma pode ir além das tramas do acordar fartamente negociado, afinal, não será possível o não evento; há Leis Naturais Universais que mesmo Forças Maiores conseguem malhar, ir além de determinado ponto, quando ações do negligenciar humano não puderem mais ser drenadas. Então muitas vidas serão ceifadas.

Ainda que diante do impressionante espetáculo da hecatombe não assumiremos nosso afetado e assombroso desazo. O número estrondoso não fornecerá, em hipótese alguma, a perspectiva dos números. Não desvelará falhas há muito omitidas; a alienação, quem sabe estressada por gerações de amadores não apenas locais e por tanto tempo enjambrada erodiram pequenas fissuras acudidas com estopas e as velhas gambiarras e remendos apresentaram, em uníssono, seus limites; não mais suportando as pressões.

Uma homenagem ao povo sírio

“Permaneçam juntos”

H.P. Blavatsky

 Contribuição da M.S.B. Amada

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sábado, 1 de agosto de 2020

Tema morto




Quando iremos caminhar com determinação na construção de obviedades há muito proteladas, primando o esclarecer, o evoluir para a formatação de questões que precisam realmente ser trabalhadas a fim de torná-las também assunto posto?

*

Procurando em boa parte dos seus apontamentos; percebe-se que você nunca toca no assunto racismo ou racista; por que?

Por se tratar de mais um Tema Morto.

Em se tratando de algo sério, não perguntamos a um exímio enxadrista quais são as cores do tabuleiro.

A partir da evolução do indivíduo aplicado, que respeita todo um processo de aprendizagem, é evidente que, ocorrido determinado espaço de tempo ele representará maturidade suficiente para não ser questionado sobre o básico, sobre o que foi automaticamente assimilado ao longo do percurso; apenas um olhar mais demorado para este cidadão entende-se que ali reside um ser ciente, pronto, lúcido, a ainda que, de gestual simples, não há por que aborrecê-lo com as banalidades que atacam personagens outros a se revolverem nos obscurantismos pérfidos da sobrevivência mental.

Não é possível dissertar sobre temas absurdos quando se tem a certeza de que voltar a discutir sobre os valores dos homens em relação as suas constituições, e o valor, ou peso das raças, é, para alguém diligente; instruído: articular com alunos de uma classe há muito deixada para trás; isto serve a quem ainda se arrasta nos atalhos das especulações.

Dificilmente um cientista conceituado é convocado a dar uma palestra ou mesmo falar sobre sua técnica à alunos do jardim de infância; talvez por mera distração, ou algum evento lúdico, do contrário não há sentido. Às classes distintas, professores adequados.



“O racista

pertence a um grupo

desprezível e ordinário

dentro de um gênero

que orbita ainda,

entre mundos primitivos”.

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"O racista

é o mais baixo nível

dentro de um gênero

suficientemente baixo."

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1% de Nietzsche




Não preciso entender Nietzsche como uma meia dúzia por aí; o faço com 1% do seu manifesto e já consigo amá-lo.


Inaugurando os Marcadores:

Überphylos

Experimentalismo

Perspectivismo

Pluralismo

 

 


 

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Não aplicável? Nada prática?... (!?!) Hummm!!!






Se há algo a ser observado no meu apontar? As pinceladas não primam apenas o viés utópico e obviamente descartável ao sentido comum – há uma seriedade de sentidos e sensibilidades aqui. Não é possível torna-la didática, não é possível explica-la sem derrapar para o contestar automatizado, rotular inábil ou partidário, por exemplo; porém há algo em sua essência que não pode ser negado: o entusiasmo que busca na ânsia das ideias, soerguer algum compromisso social baseado ao retorno aos valores, (do vir-a-ser, do Devir partindo do indivíduo ao grupo e assim por diante) à volta a simplicidade do homem maduro, através, a princípio, de uma narrativa hedônica a procura de concretar algo próximo ao epicurismo à eudaimonia assegurada, inicialmente, através da reta atenção que precede a alma contemplativa.





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