Nós, o povo, seremos sempre aqueles desgraçados que mendigam justiça, obrigados a advogados de toda ordem que irremediavelmente irão perder nos tribunais, onerando ainda mais uma vida de requerente escasso que perdeu e ainda deve as custas ao advogado.
Nós, o povo, quanto mais cedo aprendermos que nascemos para perder; menos contas teremos a pagar, afinal, invariavelmente, em nossos requerimentos, perdemos e ainda pagamos a conta.
Nós, o
povo, devemos lutar com um único objetivo, objetivo este que nos diferenciará
do homem ordinário: adquirir a consciência de que podemos sobreviver ao poder
de comando mesmo relegados ao mínimo que ele nos reserva; porém nossa moral,
dignidade e caráter, poderão ao final da vida se constituir em inegociável
salvo conduto para, diferente daqueles vis associados, morrermos depauperados,
porém em paz.
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