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Assim somos
nós. Quando obrigados a ações e representações suscetíveis a abortar vontades e
sonhos, mesmo arraigados, não temos argumentos suficientes para encontrar uma
saída honrada e invariavelmente preferimos nos entregar, atrofiando forças e
dádivas naturais, fazendo com que nossa fonte particular de vontade seque. Portanto,
desgarrados destas, não ousamos persegui-las, não olhamos para trás, e, uma vez
apagadas, jamais serão resgatadas.
A
inteligência não prega peças, porém o entender-se sim. Partindo de uma análise
particular, ela parece não funcionar exatamente como a entendemos, assim, a
pessoa não é inteligente, ela tão somente dedicou-se a uma vontade latente;
dedicou-se de forma corajosa, confiante, ou premeditadamente
ensurdecida por um dogma, imposição a uma necessidade, pretensa vocação, ou em
muitas situações por obrigação ou pura e simples conveniência; é impressionante
como tantos de nós não possuímos o que entendemos ser inteligência para
reverter uma vontade estranha a voltar-se as suas quando outros poucos entendem
que muitos – e há muito - acabam predispostos a quereres outros.
Antes da declaração de inteligente alforriado,
é necessário perceber o que ainda fazes obrigado.
006.t
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