Do despertar das vontades - Em uma luta corporal de vida e morte contra as corredeiras o que se busca é um remanso para que as forças terceiras, da natureza das águas, se equilibrem com a própria; assim como na vida que nada mais é do que uma luta constante contra ações de toda ordem a contrariar oportunidades. Em alguns momentos é certo que encontramos alguns remansos a nos dar uma trégua, porém esses devem servir, como no mar, apenas para uma breve pausa. E como – ou quando - reagir se o acômodo nos parece suficiente a partir da narrativa de confinados, a priori, impotentes, em uma ilha que parece suportável?
De quando em quando devemos nos questionar se nascemos para nos equilibrar aos primeiros remansos que entendemos ser aceitável. O mar precisa ser vencido se quisermos sobreviver, ao contrário, fora dele, uma calmaria mínima qualquer pode aquietar vontades estéreis.
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