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feito é posto; descobri portanto, finalmente, que é desnecessário atacá-lo
emitindo uma opinião contundente, sem mencionar quão mais absurdas são as
defesas de viés contrário sob auspícios hipócritas ou (in)oportunos, quando a
própria atitude carrega o histórico que representará a todos em um determinado
espaço/tempo. À uma sociedade inteligente, provavelmente construída após uma
hecatombe de ações que conspurcaram toda pré-história, tais contaminações devem
servir apenas para estudo de caso, para que não mais ocorra, afinal um exemplo
nefasto é suficiente para que lições importantes permaneçam para sempre como
exemplo a não seguir. Todo acontecimento, toda ocorrência deve, antes de
atacada: passar por algum crivo honesto que considere seu grau de importância;
no entanto como refletir sobre essa observação quando mesmo em se tratando de
altruísmo a sociedade atual tem a propensão em diminui-la, estigmatiza-la e até
mesmo ataca-la. As antagônicas por sua vez, invariavelmente levam homens
inteligentes a ponderar, mesmo às manifestações mais impiedosas. Nas
observações de Nietzsche sobre Paulo, Platão, Sócrates e tantos outros, me vem
à mente que os grandes cataclismos não devem ser considerados sob um julgar
negativo obstinado ou enérgico, precisam ser aceitos, estudados e pesquisados –
é claro que se deve atacar as pontas ainda soltas que corrompem adeptos
desavisados. Há vontades reais que superam mesmo a vontade humana. É próprio da
natureza das causas. O que vem depois sim, é do homem; isto é, é o homem que
vai trabalhar a terra arrasada. Sismos ocorrem, e ponto; apenas o homem em seu
desassossego natural poderá retirar leite de pedra, ainda que não se creia na
infinitude, o universo de nossa existência se estende a ponto de proporções, a
nós, infinitas, uma vez considerada a curta duração de uma geração quando comparada
aos registros do homem enquanto matéria, ferramenta, operatriz; motriz; faber...
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