A- ...então, segundo você, ao primar
somente o material e o bem-estar físico e mental; nada faz sentido em dar
continuidade, em dar andamento; construir o que quer que seja, a literatura, um
sistema de cultura, político ou econômico por exemplo? Correto seria não se
envolver com esse tipo de coisa! Ao que temos notado, nada faz sentido segundo
suas opiniões!
B- Essa proposição mostra que pouco sabes sobre a importância otimista que defendo sobre o mundo como “Vontade e Representação” assim, desse jeitão, como – e sempre - o conhecemos. Ainda que não compreenda sua colocação quando até então se diz um conhecedor da minha obra, minha resposta deve ser analisada sob dois aspectos, e no primeiro: não pode ser diferente de sim – quando inconsciente, portanto, sem o conhecimento adequado - e não – quando de posse de uma conduta reta age exclusivamente sob os auspícios de suas faculdades mentais saudáveis e com o pensamento aberto as diferentes perspectivas a que estamos expostos. Portanto, o “sim” precisa ser analisado sob o viés aferrado de nossas tendências. Nossa forma pensamento trabalha sobre plataformas distanciadas, ou contrária, retrógradas, canhestras a regimentos de uniformidade humana por ser conduzido a reboque de um estado sócio econômico elitista incompatível a procedimentos que visem a construção igualitária. Para uma ideia honesta terá sempre meia centena de escolas ou grupos diferentes que irão ataca-la; detratores e lobbies de toda ordem. Ela vai acontecer, mas quando isso se der, vai dar origem a um Frankenstein, muito longe do princípio original. Grupos de interesses a esfacelarão ao adaptá-las a conveniências particulares. Antes, será contaminada, tocada, bulida, aviltada, violada... sempre será um arremedo, uma ficção copiada do objeto integro pensado inicialmente. E o “não”, se justifica, porque há experimentações ocultas de forças de orbes com influências correntes inegociáveis, há significado, um porque em tudo isso, e esses porquês são magníficos, belos, cheios de sentidos invisivelmente presentes, portanto, sempre existirão aqueles sonhadores, ou senhores cuja ilusão pura é superior a razão e é isso que tem conduzido/construído a caminhada do homem e ainda que viemos trabalhando sobre a matiz do interesse, do ganho, do lucro, da sobrevivência/subserviência há também a razão prática daqueles que precisam sobreviver, portanto, sempre procurarão obras, ou colocações a suportar seus desejos e necessidades, são com esses tijolos que a história vem sendo espetacularmente construída, se certo ou errado; isso não existe! É como é e ponto.
Coexistimos
em uma caixa chamada Terra onde temos tentado com puxadinhos espaciais expandir
- o que nos parece - desnecessário, sem nos convencer que não há saída, afinal,
no comando de tudo, sob esse viés, sempre estará o homem aferrado a sua ilusão
alheia.
008.x cqe