Defrontar-se com esta realidade tem se revelado um choque a todos, indistintamente – por este motivo a maior aposta sempre é a negação - e o tempo se encarregará de amainar os ânimos quando não faltar a coragem necessária e indispensável para seguir o vislumbre desafiador que em alguma estação se mostrará inexorável.
E também, não há nada de errado retornar ao acomodar-se na condição ordinária, hipnoticamente aprazível; ao dar as costas, ao não assumir o depois, o pós-consciência.
Boas
literaturas avalizam que todas as condições são possíveis e aceitáveis dentro
do sistema físico/social defendido – e este pensamento é ainda mais folgado
fora do estado impingido.
No
entanto há que ser considerado que o dinamismo da vida, do existir, não é
estanque em fase alguma, e em determinado instante pode cobrar a aceitação
passiva inconsciente, o acomodar, o deleite de certa irresponsabilidade para
consigo mesmo. E normalmente àquele que se descobre assim agindo, não aceita
bem o fato da auto avaliação ao entender-se menor frente a persona/estereótipo
artificialmente criados, então reclama, se debate, porém, também aqui não há nada
a ser feito; tanto lá como cá; é o que é.
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