sábado, 4 de novembro de 2023

Atenção ao que te chamam atenção

 




Time de futebol feminino do Arsenal - Inglaterra



Qual seu primeiro impacto ao observar a imagem sem prestar atenção a sua descrição?

O meu foi de uma equipe de mulheres satisfeitas.

Após analisar a descrição imagino: até onde ela é importante e despretensiosa, quero dizer, essa atenção da mídia e de uma série de nós sobre a “exclusão”?

O que é modinha, o que é oportunidade e o que é real? A discriminação, a exclusão, há muito não deveriam mais ser aceitáveis, no entanto como separar aqui, o joio do trigo a respeito de tudo aquilo que assistimos com relação aos defensores desta bandeira tão significativa e inegociável, digna apenas às vontades mais retas.  

Sob o viés da competição humana fria, que arrebanha a maioria de nossas populações, primeiramente devemos nos questionar; e se a equipe está rendendo o esperando; está entregando o necessário!?!

...e, se faz referência ao dissimulado, ao viciado, ao comerciar lucrativo, banhado na carência: é justo o somar ao vórtice da celeuma especulativa e vil dos veículos desprovidos de princípios originais; então: todo o viés da vontade aqui apontada é descartável. 

E quanto ao grupo excluído?

Afora a necessidade monetária, de forma alguma eu gostaria de fazer parte de uma equipe onde me escolheram por algum motivo alheio ao que o grupo acredita!

Eu me sentiria péssimo. Sentimento de desassossego ainda maior do que o de não figurar no grupo.

Ok. Você pode questionar. Mas então é assim, simplesmente cruzamos os braços? Claro que não. E me parece correto afirmar que a cada dia mais, imagens parecidas com esta que ilustra o texto, estão sendo divulgadas demonstrando a “inclusão”, e muitas pessoas, é certo, estão sendo beneficiadas com o “programa” criado dentro das instituições e isto precisa continuar e claramente, aumentar; o que se tem feito é muito pouco. Mas o meu questionar é sobre você, sobre o indivíduo, sobre se submeter, - sobre deitar-se na onda inconscientemente - no entanto, minha bronca principal se faz em relação aos oportunistas – mídia, influenciadores, órgãos, ONGS, pessoas “engajadas” da vez que insistem na pregação em que defendem estar carregando a bandeira junto aos excluídos, quando seu interesse é venal.

No entanto; até onde, ser convidado, permitido ou escolhido ao processo de agora, por pressão, me faz diferente, quando até então não era bem-vindo?

Quer dizer que do dia para a noite a cultura mudou!

Em um momento não pode, mas no dia seguinte pode!

A coisa toda precisa ser maior que a legislação. 

Então, qual é a jogada.

Consciência.

Se há possuímos devemos leva-la em consideração sempre que formos obrigados a algo ou situações em que não somos bem-quistos. Assim, faremos parte de um grupo que não nos queria próximos ainda que recebendo parte do que fomos buscar, mas no nosso interior, carregamos a chama de que isso é temporário e que: ainda que não me sinta confortável com a escolha, é por conta de alguma necessidade premente que estou passando por cima dos meus princípios.

 

*

 

Somos maiores que qualquer diferença que a sociedade imponha. De inúmeras formas, visíveis e invisíveis, a todo instante, a maioria de nós, hispânicos, latinos, nipônicos, afrodescendentes, ciganos, judeus, hindus, maometanos, budistas, cristãos, pobres, deficientes ou não, sofremos alguma discriminação, porém nossas decisões, nossas vontades e respeito devem nascer de um esforço maior, de crença em algo superior ao estado posto, mas esta consciência nascerá somente se avançarmos além do disse-me-disse, além do jornal noturno. Somente aí entenderemos as necessidades, os oportunismos, o real interesse e tendências por trás dos slogans que intitulam as imagens.


O tag Alt da imagem: Debate Racial - Arsenal reconhece falta de diversidade e futebol inglês feminino tenta achar forma de ser mais inclusivo; na foto, a equipe  - Divulgação/Arsenal  

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