Time de futebol feminino do Arsenal - Inglaterra |
Qual
seu primeiro impacto ao observar a imagem sem prestar atenção a sua descrição?
O
meu foi de uma equipe de mulheres satisfeitas.
Após
analisar a descrição imagino: até onde ela é importante e despretensiosa, quero
dizer, essa atenção da mídia e de uma
série de nós sobre a “exclusão”?
O
que é modinha, o que é oportunidade e o que é real? A discriminação, a
exclusão, há muito não deveriam mais ser aceitáveis, no entanto como separar
aqui, o joio do trigo a respeito de tudo aquilo que assistimos com relação aos
defensores desta bandeira tão significativa e inegociável, digna apenas às
vontades mais retas.
Sob
o viés da competição humana fria, que arrebanha a maioria de nossas populações,
primeiramente devemos nos questionar; e se a equipe está rendendo o esperando;
está entregando o necessário!?!
...e,
se faz referência ao dissimulado, ao viciado, ao comerciar lucrativo, banhado
na carência: é justo o somar ao vórtice da celeuma especulativa e vil dos
veículos desprovidos de princípios originais; então: todo o viés da vontade
aqui apontada é descartável.
E
quanto ao grupo excluído?
Afora
a necessidade monetária, de forma alguma eu gostaria de fazer parte de uma
equipe onde me escolheram por algum motivo alheio ao que o grupo acredita!
Eu
me sentiria péssimo. Sentimento de desassossego ainda maior do que o de não
figurar no grupo.
Ok.
Você pode questionar. Mas então é assim, simplesmente cruzamos os braços? Claro
que não. E me parece correto afirmar que a cada dia mais, imagens parecidas com
esta que ilustra o texto, estão sendo divulgadas demonstrando a “inclusão”, e
muitas pessoas, é certo, estão sendo beneficiadas com o “programa” criado
dentro das instituições e isto precisa continuar e claramente, aumentar; o que
se tem feito é muito pouco. Mas o meu questionar é sobre você, sobre o
indivíduo, sobre se submeter, - sobre deitar-se na onda inconscientemente - no
entanto, minha bronca principal se faz em relação aos oportunistas – mídia,
influenciadores, órgãos, ONGS, pessoas “engajadas” da vez que insistem na
pregação em que defendem estar carregando a bandeira junto aos excluídos,
quando seu interesse é venal.
No
entanto; até onde, ser convidado, permitido ou escolhido ao processo de agora,
por pressão, me faz diferente, quando até então não era bem-vindo?
Quer
dizer que do dia para a noite a cultura mudou!
Em
um momento não pode, mas no dia seguinte pode!
A
coisa toda precisa ser maior que a legislação.
Então,
qual é a jogada.
Consciência.
Se
há possuímos devemos leva-la em consideração sempre que formos obrigados a algo
ou situações em que não somos bem-quistos. Assim, faremos parte de um grupo que
não nos queria próximos ainda que recebendo parte do que fomos buscar, mas no
nosso interior, carregamos a chama de que isso é temporário e que: ainda que não
me sinta confortável com a escolha, é por conta de alguma necessidade premente
que estou passando por cima dos meus princípios.
*
Somos
maiores que qualquer diferença que a sociedade imponha. De inúmeras formas,
visíveis e invisíveis, a todo instante, a maioria de nós, hispânicos, latinos,
nipônicos, afrodescendentes, ciganos, judeus, hindus, maometanos, budistas,
cristãos, pobres, deficientes ou não, sofremos alguma discriminação, porém
nossas decisões, nossas vontades e respeito devem nascer de um esforço maior,
de crença em algo superior ao estado posto, mas esta consciência nascerá
somente se avançarmos além do disse-me-disse, além do jornal noturno. Somente
aí entenderemos as necessidades, os oportunismos, o real interesse e tendências
por trás dos slogans que intitulam as imagens.
O tag Alt da imagem: Debate Racial - Arsenal reconhece falta de diversidade e futebol inglês feminino tenta achar forma de ser mais inclusivo; na foto, a equipe - Divulgação/Arsenal
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