Estávamos, eu e o mestre, em uma situação
descontraída. Quando assim, gosto particularmente de ouvi-lo; sempre se é
possível aprender quando o mestre confabula com o discípulo - iniciante ou
não. Indaguei então, descontraidamente o confessor amigo, sobre porquê alguns
parecem dar demasiada importância a situações que geralmente nada dizem a alguns
poucos mais preparados; estariam estes outros negligenciando algum passo
importante do conviver harmônico em sociedade!?!
Disse-me então
que existem varias nuances a serem levadas em consideração quando de uma
questão tão vasta e dinâmica – sem deixar de acrescentar (o que entendi
desnecessário; não sei por que veem prazer nisso) que ainda assim meu litigar quase
beirava o infantil. E, com ares de anuente assentiu que, depois de entender a
pessoa por trás do ato, primeiramente, era preciso averiguar o grau de necessidade
e o campo da preocupação: fruto das observações; e continuou, a sociedade impõe
ao indivíduo uma série de complexas situações onde o que não tem importância
para um pode ser capital para outro, mesmo muito próximo. Mas entendi o teor de
sua questão (por que então a cutucada inicial; pensei) e o principal a observar,
olhou-me com mais seriedade, é que, devido ao despreparo, ao desconhecimento, a
falta de comando etc. não raro dá-se demasiado valor ao que pouco tem por não
ter coragem suficiente para encarar o que realmente é necessário, em suma, é
uma espécie de fuga premeditada, muito embora ela contenha uma carga enorme de
cunho psicológico, ou seja, nem sempre percebemos exatamente como estamos
agindo. Mas esta é apenas uma pincelada em um universo de possibilidades...
como em tudo, finalizou.
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