domingo, 15 de dezembro de 2013

Vagam entre vãos



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Quero verdade o que dito?... Não posso me deitar nessa pretensão. Apesar de possuir criatividade, abertura, ou vontade, muito além do normal, ainda assim minha percepção é limitada, - também não é possível observar em que grau – frente à atual condição existencial. Não é demais repetir que a escrita é meu hobby, e, assim sendo, posso também pensar ela como uma arte plástica.  A arte que costura ou que se entranha, mimetizando-se em meio ao possível.

Penso este instante como uma espécie de enxerto. Meus relatos perseguem algum tipo de texto que vagam e se apóia em uma ou outra verdade e seus vãos; suas fendas.

Talvez suas áreas de nada sejam preenchidas com esta plasticidade que advêm de uma mente que se quer ativa, inteligente e, mais do que tudo: otimista e voltada, ou melhor, que a baseia; que fundamenta-se; que emenda o que é com o que imagina ser, lançando mão, do humor entusiasta e perene na existência de uma quimera agatista[1]. Porque, ao menos uma verdade ao final de tudo isso deve ser dita: a nossa vontade de encontrar ou ao menos facilitar a crença de um que outro, em um mundo - mesmo aqui - melhor que o atual foi tentado.

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041.g cqe


[1] Agatismo - Doutrina otimista segundo a qual todas as coisas tendem para o bem.