sábado, 28 de junho de 2014
Não ao didatismo preguiçoso
Tudo é uma questão de entendimento. Quando
encontramos o fim, o início ou o meio tornam-se, não raro, o cordão que deu à
luz, ou seja, somente foi importante; é pretérito.
Em relação às paixões, a partir do
momento em que assumimos que ela não acontece em um ser de vida superior,
idôneo, equilibrado e consciente, é mostra de que está vinculada ao princípio,
ao animal, o que, logicamente, nos livra de estudá-la, afinal não se trata mais
de esclarecimento e sim de assumir a condição entendida.
022.h
cqe
Hierarquia
E o mestre se manifestou
cobrando-me:
Sendo você um desses pequenos que
por razões diversas atingiu algum posto onde a patente te fez superior neste
pequeno burgo, tenha em mente que deves sempre observar com folgas aqueles que
a você devem por estarem assim posicionados, pois é desta obrigação que serás
sondado e da parte que és justo em folgas serás também justiçado.
021.h
cqe
Uma espécie de “fio do bigode”
Haverá um tempo em que não mais
serão necessárias assinaturas que comprovem o que está escrito.
O homem terá inteligência suficiente
para discernir entre o certo e o errado, o verdadeiro e o falso, ao que deve ou
não ser digno de crédito.
O que for escrito e falado será
levado em consideração por seu teor e não apenas pelo histórico do
interlocutor.
020.h
cqe
E sobre a tolerância?
De pouco adianta a teoria da razão que
ensina: “tudo ao seu tempo”; quando concluímos tardiamente entre um misto de
desolação e melancolia que não deveríamos jamais, ainda despreparados, acessar
ou desenvolver a técnica da percepção, porquanto não é fácil manter-se
impassível frente à mentira percebida, por exemplo, quando esta rebenta de
outro que ascendeu socialmente ainda que fraco a ponto de recorrer a ardis para
convencer do que não tem preparo para esconder.
sábado, 21 de junho de 2014
Pensando o planeta-escola
Então o especialista em sociologia
na intenção de acuá-lo, provocou, com palavras empoadas da vitória certa:
“Nas suas afirmativas afirmas
convicto de que não temos quase nenhum poder de escolha em nossas vidas e que o
livre arbítrio não passa de um instrumento limitado, com serventia maior, apenas
ao homem ainda muito comum em pensamento; mais uma arma, quando nas mãos de
mesquinhos; sendo assim: qual a motivação de continuar insistindo na vida?”
E o Mestre, sempre impassível, redarguiu:
“Trata-se aqui de um planeta-escola,
primaríssimo, e sendo assim é desse modo que deves pensá-lo, ou seja, enquanto
você vai à escola a sua vida externa não cessa; você apenas vive alguns
instantes dela, preso a alguma classe mais ou menos inferior; este é apenas um
momento do nosso existir.”
018.h
cqe
Ações sob meditação
Deus
em sua sabedoria permitiu ao homem a abertura e liberdade total ao Conhecimento.
Coube a nós, a partir de então: tentar chegar também a consciência que liberta;
e modificar assim a velha e miserável condição de vida; resultado de
descaminhos e práticas desconhecidas ao longo de toda uma existência, por conta
da desatenção com este fato primeiro.
016.h cqe
Exercício de escrita
Minha escrita talvez nem seja uma
escrita propriamente dita. É mais um exercício, uma mecânica de alguém ansioso.
De mais um homem que é filho do tempo e que, por ter se instruído minimamente,
compreendeu ser útil a meditação e a importância que é fazê-lo um pensamento
por vez, porém, ao observar ser isso impossível, devido ao estado vigente de
agitamento externo, por existir, por errar em um espaço prazeroso de distraimento
sem par, encontrou no escrever um processo, um modo prático de asserenar a
mente, controlá-la e finalmente trabalhar o: fixar um pensamento de cada vez
até que, finalmente o prenda de uma única vez no emaranhado das palavras e consequentemente,
também da mente, transformando esse processar em uma atividade meditativa,
tirando assim maior proveito de uma arte de prazer único.
015.h cqe
Patéticos apocalípticos oportunistas
À semelhança de outros o senhor
Peter Greenaway parece também querer que seu nome fique vinculado à história;
não pelo que fez, e sim pelo que disse; é uma pena que ao ser rastreado irão
inevitavelmente chegar em suas pretensas “obras”.
Este senhor, em suas afirmações, reduz
mais de cem anos de cinema a um prólogo patético, anunciando a morte do cinema
como o conhecemos e que o cinema nunca existiu de fato, e “o cinema deve
começar pra valer agora” diz, aludindo à invasão da técnica digital.
Temos inteligência para tanto e tão
pouco tino para o que pode sentenciar-nos ao que nos assemelha aos escroques,
ainda que tenhamos um histórico invejado por muitos que nem sempre o são mais
que o aquilo que desejam.
Recitar o que por ventura será não
dá a ninguém, com um mínimo de inteligência, crédito de profeta singular. No
máximo o porá na história como uma daquelas frases que adolescentes picham nos
muros abandonados com um tempo de existência escasso. Mas então não é esta a
questão para um artista multimídia que se aproveita de aberturas e chances
mesquinhas para através de seu oportunismo conquistar transeuntes incautos sem
um mínimo de visão do presente, alheio ao passado e crente que seus mestres de
agora o serão no futuro!?!
A mudança é certa, sempre, e
declarar isso é tão óbvio quanto falar que “o cinema como o conhecemos irá
morrer”. O que não podemos, é esquecer o que aconteceu, o trabalho dos
verdadeiros gênios que buscaram através de um trabalho de verdade transformar o
mundo, porém não devemos culpá-los se algumas situações passadas fizeram vingar
pessoas como o senhor Peter Greenaway, por exemplo.
Contribuição da Minha Sempre Bem Amada
014.h
cqe
domingo, 15 de junho de 2014
Ciência da percepção
Creio que aqui não comoverei a
muitos; ainda assim vejo a necessidade destas palavras. Nossa ciência é a da
percepção, do despertar. Nossa proposta é a integração, a mescla da
sensibilidade com a matéria ainda desconsiderada, não decifrada e tida como bruta,
porém antes é necessário, é primordial que a matéria seja aprendida e tratada
como sagrada, com nobreza, até ser considerada essencial. E será a partir de
então, quando aprendermos a essência, o quão essencial é a matéria para nós,
que poderemos entendê-la como não grotesca; como Elemento Sagrado. E desse
respeito, dessa compreensão, desse entendimento, poderemos acessar também, e
finalmente, que esse amalgamar heterogêneo é possível: a nossa essência entende
a matéria essencial; é claro que isso tudo é uma alusão, um passo, um momento
ativo que simbolicamente remete a outros mais sutis, pois, será a partir de
então que o mundo humano entrará, penetrará no entendimento científico,
palpável, compreendendo que o corpo, ainda que sagrado não morre, mas
transforma-se e continua a existir de outra forma, seus elementos que vibraram
incansavelmente durante uma ou mais gerações, irão cumprir outro papel em
exercícios de continuidade da matéria que não cessa, porém, a partir do
despertar, da compreensão, de que, o corpo vivo que separa-se na falência do
organismo saudável que pode sustentar a vida que tal qual ele existe em
latência eterna, desveste-a, percebendo que o mais importante e o mais simples
entendimento ocorre: se a matéria não morre ao desvestir a vida, onde apenas os
elementos são rearranjados, o homem agora desperto para o entendimento da
continuidade, olha para o pretérito, quando via o absurdo da morte, ou a morte
como um absurdo, e finalmente acredita que a vida é tão e mais importante que a
matéria, e que, percebendo a lógica, a partir de então, a matéria, agora aceita
como sutil, ainda que bruta, dada a inegociável secção capital regenera-se;
como poderia não se dar também a continuidade do espírito!?!
Será assim, e esse modo vem se
repetindo com centenas de milhares de outros que não foram escolhidos, como
insistem alguns, - apenas em decurso de leis a nós desconhecidas que comandam a
evolução inexorável – e tornaram-se exemplo do possível, e nossa ciência da não
caderneta, da antididática forjada visa isso; que o compreender humano entenda
a Matéria Sagrada que contém o espírito que: depois de exaurida a vontade
desperta, transcende.
013.h
cqe
Cordão umbilical
Enfrento uma dificuldade que não sei
dizer ser apenas minha ou em que porcentagem é de todos nós que registramos
idéias; às vezes penso que ela somente existe quando não nos sentimos pronto ou
totalmente preparados, mas a divisão entre assim sentir-se e “pagar geral”
quando apenas se quer ser e não passamos de engodos fabricados por uma falta de
auto leitura devidamente apropriada é muitíssimo pequena.
Conheci dezenas de cidadãos que se
queriam únicos, porém, era visto que existia uma aposta pessoal deles próprios
em opções que sabiam ser da receita que lhes convinha por entreter outros que
pouco ou nada sabiam de suas idéias ou deles, pegando carona em algo que mais
sentiam a coragem do ator que uma força revolucionária por trás da vontade que
poderia fazer a diferença.
Insisto que isto não é culpa de um
ou de outro, todas são escolhas e como sempre elas – nos parece - se apresentam
prematuramente, e ao encontrar o terreno fértil da vaidade ou da falsa
segurança, germina e se alastra como a erva daninha que sufoca enquanto mata a
arte daquele que a ela se entrega, lembrando a lenda do sapo que ao ser deixado
na panela em água fria não pulou fora a tempo enquanto o fogo lhe dava o prazer
de acostumar-se ao líquido que aos poucos lhe tomaria as forças vitais.
Fazendo uma alusão ao cordão
umbilical que não sabemos se a nós pertence ou pertence à mãe. Temos a certeza
apenas de que ele deve ser cortado, materialmente falando, porém ao longo de
nossa existência sabemos que nem sempre o ato foi realmente desfeito e temos
marmanjões insistindo em não levar uma vida própria - aceitando o que não
provoca. Esse processo de união pode não se dar apenas com a mãe, com a
família, com os inúmeros grupos ou alguma confraria ou seita sem sentido que
encontrem pelo caminho, mas também pode acontecer com o nosso hobby com a nossa
arte.
Nossas escolhas cabem sempre apenas
a nós. Por mais que vivamos em grupo, em sociedade, ao cabo de uma alternativa,
inevitavelmente a finalizamos pensando, até egoisticamente, primeiramente em
nós e então no meio, se este for o caso, porém ao envolvermos a nossa arte, a
nossa escolha pessoal a respeito de algum estudo, ou pesquisa ou tese que
sugira singularidade; distinção; precisamos buscar antes de tudo rompermos o
cordão umbilical com o meio externo, e isto somente acontece se conseguirmos
sinceridade conosco mesmo, vencendo totalmente a busca da aprovação de quem
quer que seja e, principalmente, o autoconhecimento maduro que irá demonstrar
que superamos o primeiro passo.
Contribuição da Minha Sempre Bem Amada
012.h
cqe
O ordinário com alguma consciência
Viver deveria ser uma covardia,
sabendo o que sei; observada a confiança que possuo no existir, mas não consigo
explicar como: sou sugestionável e vivo a ansiedade comum a todo homem comum, ainda
assim ao menos de uma opinião estou convicto, e isso é fantástico: estar certo
disso é entender esse mistério... e isso faz toda a diferença.
011.h
cqe
sábado, 7 de junho de 2014
Viver independe de tudo
Mas, sempre tem um but.
Se
quero ser algo de exemplo: é executando uma espécie de demonstração; ousando
despretensiosamente imaginar-me prova viva de que não é preciso participar
religiosamente do estudo convencional para romper com as barreiras do pernóstico
correto e social ainda que tartufo para viver bem; em harmonia, fazendo-o com
bons exemplos e, adejar acima; não chafurdando na mesmice, na coisificação que
as cartilhas insistem em nos dizer ser correto; por saber, ou finalmente
entender a diferença que há entre o dito e o aplicado, entre o ensinado e o
razoável devido.
Era
primordial que todos tivéssemos discernimento suficiente – temperado a um
mínimo de sensibilidade -, e poder de reflexão que discorresse com propriedade
mínima para adquirir algum tipo de paz em vida, e morrer com dignidade,
arrematando com a compreensão de que: é somente no trabalho árduo, nas buscas e
na não acomodação fugaz da animalidade fora de um conhecimento ascético energicamente
defensável que as conseguiremos.
Estes
seriam os primeiros passos para descobrir ou enxergar que não somos proprietários,
nem mesmo comuns ao aqui momentâneo; que não passamos de hospedeiros em um
espaço que nos é vendido equivocadamente como final, ou alguma espécie de
despertar que nos conforte que: este é apenas um momento em que passamos sob a
pasmaceira de ser único ou último, apenas por classes; grupos, que somente se pretendem,
quando seus domínios não se estendem nada além da brutalidade e do acirramento
corpo a corpo num resumo de necessidades primevas herdadas de ancestrais:
incutiram seu modus operandi que não supera os mais regulares testes da escola
fundamental do existir, já há muito superados, quando observado de um ponto de vista
minimamente evoluído, apesar das maravilhas da Terra; no que diz respeito à
imensidão, ao não-início e não-fim de tudo, e então sobrevivermos aos óbices
naturais, a comportamentos parasitários esquivo a não apenas uma – embora fosse
suficiente – mas inúmeras verdades já escritas há mais de cinco ou dez mil anos,
e que, para tanto, hoje, não é necessário nem mesmo procurá-las, basta,
desvestido da preguiça, medo ou preconceitos, assumi-las, quando é acessado, ao
final, um estado puro onde não há mais o fantástico; não há o espetacular
mental incutido; pois aqui, tudo se resume em amor e compaixão, e então,
finalmente e mortalmente cansados, possamos partir com um grau mais elevado no
currículo escolar da vida a continuá-la.
008.h cqe
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