À semelhança de outros o senhor
Peter Greenaway parece também querer que seu nome fique vinculado à história;
não pelo que fez, e sim pelo que disse; é uma pena que ao ser rastreado irão
inevitavelmente chegar em suas pretensas “obras”.
Este senhor, em suas afirmações, reduz
mais de cem anos de cinema a um prólogo patético, anunciando a morte do cinema
como o conhecemos e que o cinema nunca existiu de fato, e “o cinema deve
começar pra valer agora” diz, aludindo à invasão da técnica digital.
Temos inteligência para tanto e tão
pouco tino para o que pode sentenciar-nos ao que nos assemelha aos escroques,
ainda que tenhamos um histórico invejado por muitos que nem sempre o são mais
que o aquilo que desejam.
Recitar o que por ventura será não
dá a ninguém, com um mínimo de inteligência, crédito de profeta singular. No
máximo o porá na história como uma daquelas frases que adolescentes picham nos
muros abandonados com um tempo de existência escasso. Mas então não é esta a
questão para um artista multimídia que se aproveita de aberturas e chances
mesquinhas para através de seu oportunismo conquistar transeuntes incautos sem
um mínimo de visão do presente, alheio ao passado e crente que seus mestres de
agora o serão no futuro!?!
A mudança é certa, sempre, e
declarar isso é tão óbvio quanto falar que “o cinema como o conhecemos irá
morrer”. O que não podemos, é esquecer o que aconteceu, o trabalho dos
verdadeiros gênios que buscaram através de um trabalho de verdade transformar o
mundo, porém não devemos culpá-los se algumas situações passadas fizeram vingar
pessoas como o senhor Peter Greenaway, por exemplo.
Contribuição da Minha Sempre Bem Amada
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