Na convivência social, percebi que o
superior não nega, não repele a presença de alguém com algum tipo de déficit de
inteligência, ainda que voltado à maldade; se este detalhe camufla, em meio a
simpatias que envolvem e atraem; ainda que o nobre as perceba. Não é dever de o
superior negá-lo, este apenas - egoicamente desinteressado - evidencia o lado
que lhe interessa trazendo o infeliz para o círculo maior. Cabe então ao condenado
a mudança; ou o faz, ou mais cedo do que imagina será expurgado do meio que não
pertence. Porém, se entender a oportunidade, poderá esquecer os maus costumes
que há tempos lhe faziam companhia e desfrutar de um meio tão rico quanto novo.
041.h
cqe