Seria a vida uma densa floresta de
representações materiais e imateriais. E, jogado em seu seio, é o homem.
Proprietário apenas de seus instintos e de alguma sorte ainda a ele também
desconhecida ou igualmente desconhecida a tudo pertencente: a um meio que lhe
dará certa proteção e preparo. A partir de então desenvolverá suas vontades.
São estas vontades somadas ao preparo que advêm do meio, que lhe fornecerão conhecimento
para mover-se em meio à floresta concreta. Todos os caminhos estarão desenhados
a sua frente. Nenhum deles, porém, conhecido. Restará a ele apenas a sua opção
diária de direcionamento; e é somente o desenvolver paralelo de seu despertar
aliando intuição e aprendizado, somado aos instintos apurados ou vice versa que
advirão suas escolhas e seus quereres reais para aquele instante/vida deslocá-lo
à frente ou não. Construindo caminhos no nada já existente por entre
representações que adquiriram ou adquirirão valores diversos e de cotações que
podem valer muito a um e nada a outro, aprendendo, não raro tardiamente, que
esse índice é regulado por um mercado apenas, o do conhecimento.
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