De
alguma forma nos transformamos em Sísifos. E a despeito de tantas
interpretações quanto loucuras há na mente individual, muitos têm o original
ainda que feliz: desafiador e obediente em seu sofrer infindável. Nós também o
somos, com a diferença de seguirmos alheios em nosso empurrar sem sentido – não
é possível que nos orgulhemos de nossa astúcia, jamais. Míopes, e desconhecendo
o porquê do nosso padecer passivo, o fazemos não raro com uma felicidade que
apenas nós não a entendemos como claudicante, embora isso não seja uma notícia
ruim, pois o desembocar derradeiro é mesmo a felicidade, – ao final parece que
mantivemos certo grau de sensibilidade – mas, no entanto, e por enquanto, diferente
do personagem; seguimos aumentando e acumulando o fardo às costas.
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