O homem que compreendeu o processo;
cessou a luta vigente e comum a todos, da auto-salvação. Pressentiu ele que
apesar da importância do existir tomar a atenção maior, o existir engaiolado na
matéria não passa de um lapso de tempo, uma quimera frente à permanência de
incontáveis universos... ainda que invisíveis; palpáveis.
Superou ele, e em muito, a concepção
de plano que ainda divide a população que se nutre da esperança mal trabalhada,
mal interpretada do sobreviver esgueirando-se entre o sofrimento.
Incrivelmente atento, dando mostras
de um abandonado que tudo abandonou; vaga parecendo alguém alienado, ainda que
na coxia, segue tentando salvar o velho não do aniquilamento externo, porém de
si mesmo.
Constrói e destrói o homem na mesma
proporção que não se apega ao sentimento; como à posse, e, assim que acredita
vislumbrar uma réstia de luz, superficial, lança-se a ela por não pensar com
inteligência e por assim entender-se. Sabendo que existe uma guerra invisível
sendo travada em cada esquina, tanto entre os seus quanto não, segue ignorando.
Aquele que compreendeu isso - o super homem - caminha à rabeira, promovendo uma
espécie de rescaldo.
052.h
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