A
partir do instante que você desconfia que algo não caminha como deveria, e, tão
atento quanto relapso, vira às costas para a situação entendendo que, o não aprofundar-se,
a fuga, a covardia (avaliando que ao deixar a coisa rolar o tempo resolve, ou
alguém resolve pra você) é uma via escolhida para não ser acusado de culpado; ou
em algum tempo possa acionar a tecla da autopiedade – ainda assim - que
envergonha sempre aquele que nos ama; você está completamente enganado.
Essa
irresponsabilidade tem nome, e a palavra é CULPA mesmo, em caixa alta, com
letras maiúsculas ou como sua técnica besta entender, sendo você religioso ou
não, sendo você ateu ou devoto do deus do feijão, a lei é clara. É o que é. Se
por ventura praticaste algo que corrompe o Equilíbrio do Sistema Maior, a não
ser que se trate você de um puro ignorante sem acesso a nada que o tenha
instruído para o que distorce ou mantém o equilíbrio social, você terá que responder
por seus atos; no mínimo para, em um dia longínquo, sua consciência. E o não fazê-lo
agora, só demonstra seu despreparo, sua fragilidade, sua covardia, seu medo.
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