Por
ser natural nos discípulos que carregam um misto de egoísmo e disciplina
assumidamente envolta na síndrome do “coitadinho de mim”; sempre se entendendo
o foco. Imaginei que o mestre estivesse envolvendo suas palavras em códigos,
para mais uma lição exclusiva, porém nada positiva aos ouvintes, mas logo isso
se mostrou nada provável. Ao final, após examinada a consciência, novamente ficou
claro que eu não passava de mais um na audiência:
Cansado,
porém jamais desanimado, fez uma alusão afirmando que vive hoje como se
procurasse salvar alguém que se afoga. E lembrou-nos; quando uma pessoa está
vivendo a ação de afogar-se, ela, nos seus estertores, procura agarrar qualquer
objeto possível que lhe dê a sensação de segurança. É por esse motivo que
existem técnicas para fazer o salvamento. Muitos, pretensos heróis, morreram
tentando, justamente porque foram traídos por falta de conhecimento sobre a
existência desta prática.
E
continuou
“Entendo que é assim que vivo hoje. Como se procurasse
salvar alguém que se afoga, porém, não é possível que o desmaie com um soco na
cara – existe esta técnica - e o arraste para um lugar seguro. No máximo que
consigo é debater teses enquanto ele se debate tentando manter-se “em determinada
superfície por ele escolhida” buscando a todo custo agarrar-se ao que pode, enquanto
sua insanidade se constitui de ânsias de sobreviver que apenas o está afundando
ainda mais.”
“No
entanto, afirmo veementemente que; está muito mais fácil afundar nas águas
escuras, morrendo abraçado aos náufragos da vez, que encontrar alguma técnica
eficaz que os resgatem para a luz.”
066.i cqe