sábado, 23 de maio de 2015

Messia nato



Por ser natural nos discípulos que carregam um misto de egoísmo e disciplina assumidamente envolta na síndrome do “coitadinho de mim”; sempre se entendendo o foco. Imaginei que o mestre estivesse envolvendo suas palavras em códigos, para mais uma lição exclusiva, porém nada positiva aos ouvintes, mas logo isso se mostrou nada provável. Ao final, após examinada a consciência, novamente ficou claro que eu não passava de mais um na audiência:

Cansado, porém jamais desanimado, fez uma alusão afirmando que vive hoje como se procurasse salvar alguém que se afoga. E lembrou-nos; quando uma pessoa está vivendo a ação de afogar-se, ela, nos seus estertores, procura agarrar qualquer objeto possível que lhe dê a sensação de segurança. É por esse motivo que existem técnicas para fazer o salvamento. Muitos, pretensos heróis, morreram tentando, justamente porque foram traídos por falta de conhecimento sobre a existência desta prática.

E continuou

 “Entendo que é assim que vivo hoje. Como se procurasse salvar alguém que se afoga, porém, não é possível que o desmaie com um soco na cara – existe esta técnica - e o arraste para um lugar seguro. No máximo que consigo é debater teses enquanto ele se debate tentando manter-se “em determinada superfície por ele escolhida” buscando a todo custo agarrar-se ao que pode, enquanto sua insanidade se constitui de ânsias de sobreviver que apenas o está afundando ainda mais.”

“No entanto, afirmo veementemente que; está muito mais fácil afundar nas águas escuras, morrendo abraçado aos náufragos da vez, que encontrar alguma técnica eficaz que os resgatem para a luz.”


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