O ensinamento transformado em
insight que atinge
enfim a mente aberta.
Questionei,
e então o mestre; antes mesmo de finalizar a frase, pela enésima vez percebi
que não deveria tê-lo feito – o caminho do aprendizado é longo e árduo. Porém
era tarde; apenas esperei a lição que ainda uma vez mais viria envolvida em
palavras e tons que me arremetiam ao impaciente ingênuo; imaginando quanto
ainda assim seria!
“Dizer
o óbvio sem assim parecer é a luta daquele que sabe, ainda que disso ou mesmo
de todo o processo, poucos pouco ou nada saibam.”
“Ainda
outra vez repito: tudo já foi dito. Uma parte de nós que insiste em seguir
ruminando alguns códigos, mais são vistos por aqueles que já desistiram, como
se estivéssemos envolvidos nas auras do esnobe.”
“Diria
então, que revolver o óbvio é um risco de, sobre isso ser questionado; afinal,
chegará um tempo em que tudo será esclarecido e, aquilo que hoje parece
original, ou novo, será percebido como simplório ou mesmo, bobo, por maior que
seja a verdade ali escondida.”
“Mesmo
porque, a máxima de que o tempo é senhor de tudo continua mais viva do que
nunca – o que chamo de uma premissa sábia abandonada. No entanto, não há como
aproveitar o fruto se a hora não é chegada. E tudo gira em torno dessa
obviedade, desse padrão surrado. Há algo mais monótono aqui que disso ocupar-se
por séculos a fio?”
“E,
ainda que pareça inacreditável, precisamos usar também nós, a ferramenta polêmica
do ‘é assim que funciona’. Assistindo um filme, ouvi dia desses uma frase
bastante interessante, dita por alguém que sabia o que estava fazendo, a seu
aprendiz; ‘uma vez aprendido faça e jamais se explique’. É claro que, como em
tudo, precisamos entender o contexto. De alguma maneira essa dissertação
explica que não estou pronto, afinal, ela, por si só, é uma espécie de justificação.”
“Aquele
que sabe, e trabalha com seriedade, reluta em continuar explanando, mesmo o que
a muitos é estranho, por também saber ele, que muitos dos seus conhecem tanto
quanto. E a vida continua. E também que certos costumes marotos são copiados e
utilizados quando e onde menos se espera.”
“Reforço
então, que, ao final; também temos nossas expiações, como dizem vocês, e,
aproveitando esse palavreado último: devo também, ter jogado pedra na cruz”.
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