O melhor
preceptor é aquele que é amado por ser odiado, quem o entende o admira ainda
que seja por ele triturado enquanto destila bombásticos aforismos.
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Atingida
determinada maturação iniciamos o auto abandono superficial. Quando isto
acontece, automaticamente desabam ao derredor todos aqueles que alimentavam
essa carga desnecessária.
Este
processo dificilmente se dá com rapidez, então acontece, sem aviso; no espaço antes ocupado por integrantes vazios, notamos novas figuras, novos personagens que podem
ser velhos ou novos, porém, sempre maduros.
Estes,
quase sempre odiados, ou no mínimo detestados ou insignificantes ao furor dos
efusivos acontecimentos anteriores, automaticamente serão repaginados tal qual
tantos outros o foram antes de serem paulatinamente dispensados.
E algo
diferente aqui acontece, ou aconteceu(?); a desclassificação anterior não
parece mais possuir o mesmo peso, e o intragável se torna suportável e até aceitável.
Não, não
tem nada a ver com masoquismo, muito menos compaixão; isto se chama acordar,
evoluir, tornar-se adulto ou, como dizem nossos melhores mentores; adquirir
maturidade.
Quando aí, amamos esses por serem odiáveis. Quem os entende os admira ainda que seja por eles triturado enquanto destilam alfinetadas mordazes.
Quando aí, amamos esses por serem odiáveis. Quem os entende os admira ainda que seja por eles triturado enquanto destilam alfinetadas mordazes.
065.L cqe