Toda ação
que amealha determinado poder massivo pode ser considerada religião; a religião
nada mais é que um mecanismo a desviar o indivíduo do seu eu interior. Funciona
como uma lâmpada estanque qualquer na estrada a atrair a atenção daqueles que
vagueiam às cegas. Diante das mais diversas opções, os novos fiéis jactam-se
agora que: de algumas delas são partidários; se esbarram e se tocam enquanto
circulam “livres” de um poste a outro se esquecendo de que ainda assim
continuam atrás de uma vontade alheia. As religiões – mal ou bem -, por sua
vez, agem com seu viés balsâmico, atenuando alguns golpes ao manter os
seguidores com suas mentes ocupadas – “mente desocupada é oficina do diabo” –,
portanto, a despeito do posto, é com bons olhos que devemos enxergar as multidões
que se folgam entre estas distrações vãs enquanto procrastinadamente estão se livrando de atitudes radicais orquestradas por mentes totalmente
desocupadas.
*
“Mas isso
depende de você e não de outra pessoa; porque nisso não há professor, não há
aluno, não há líder, não há guru, não há mestre, não há salvador. Você mesmo é
o professor, o aluno, você é o mestre, você é o guru, você é o líder, você é
tudo.”
But that
depends on you and not somebody else, because in this there's no teacher, no
pupil, there's no leader, there's no guru, there's no master, no servant. You
yourself are the teacher and the pupil, you are the master, you are the guru,
you are the leader.
And, to understand is to transform
what is.
You are everything"
Jiddu Krishnamurti
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