sábado, 29 de junho de 2019

Da série; muros de barro






Descobri a inutilidade de tentar mudar isso; ainda que incorra em desatenções e manhas artificiosas, respondeu – sobre a ainda incompreensível natureza alheia desprovida de razão em opiniões secularmente batidas, não contextualizadas tornadas sem valor na ordinariedade da vida. E continuou. Considero os companheiros observando suas convicções políticas, religiosas e sociais comparando nossas certezas onde cada qual se adaptou em suas próprias ilusões compradas, no entanto; proceder atacando suas paixões em que me diferenciaria, mesmo sob a pecha insistente de tentar alertar ou demover um ou outro em algum grau? Não mais o faço. Aprendi apanhando; sobre a que nível a força destas convicções marteladas sobrepõem-se ao tino mais apurado. As ideologias sindical e partidária de indivíduos desinformados comumente adquirem um padrão de crenças forte o suficiente contra argumentos em geral, ainda que pendam porcamente pendurados em uma única ponta minimamente razoável; algumas delas, estas sim, podem ser comparadas a verdadeiros milagres o fato de se sustentarem. E a lavagem impressiona, quando, na sua totalidade, a lucidez é obrigada a recuar. Portanto não há o que ser feito. O não tentar dissuadir mantém amizades. É obrigação do saber compreender. É obrigação do agente humano desenvolvido, a margem, simplesmente acompanhar sem tentar iça-los a força das corredeiras das convicções inócuas. Não há outra forma; qualquer outro caminho é invasivo. É impossível. O acômodo e a espera são a única solução a respeito do acomodado.

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