É preciso
saber que sabe para questionar, mas este em geral não o faz por entender a
inutilidade de fazê-lo àquele que ignora, e quando busca, o faz observando.
Em sendo
menor a questionar o maior, envolto das sempre sinistras atmosferas capciosas,
não faz sentido permanecer aí, afinal, ao “desafiar” será evidenciada a dúvida
vã, e não há motivo algum continuar em um caminho permeado pela insegurança. Ao
filiar-se a um professor, a um sábio, ou mestre; só há uma ação útil: o
silêncio.
Ao que se
adianta o questionar é inútil. As informações verdadeiramente importantes – ou
podemos colocar como necessárias à ocasião - são as mais simples e entregues de
bandeja, gratuitas a todos, independentemente de se fazer ou não uso delas. A
partir de então o que existe está envolto em névoas e véus que são tornados
mistério mais por conta da malandragem humana, quando na verdade este
desconhecer nada significa por se tratar de assunto prematuro e banal em
esferas outras. Acontece que somos curiosos sem o conhecimento devido – a curiosidade
filosófica pertinente exige domínio da razão – no entanto tão somente
por estarmos adultos nos entendemos no direito de tudo saber; e isto não é uma
inverdade total. Podemos investir-nos de vontades banais ou calçar outras - ou
muitas – impostas ou aguçadas externamente embora na sua maioria não passem de
pura perda de tempo; irão descobrir. O aprender colegial se dá aos poucos mesmo
nas universidades, quando os alunos se entendem prematuramente aptos a dominar
o mundo. A realidade aqui descrita é abrangente, e vem à tona – sempre que instigada
- dentro ou fora das Tores de Marfim; em algum determinado momento aleatório
então, podemos nos atentar para o fato de que não é possível, ou não existe a
necessidade de sermos apresentados a situações que se mostrarão dispensáveis ou
inúteis, que somam zeros – ao estado de consciência atual -, a ocupar o que temos
como o maior valor em um estado que prima à matéria; o tempo.
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Culpamos a falta de tempo para ações
negligenciadas ou postergadas que fatalmente nos levarão ao arrependimento
tardio ao descobrirmos que algumas das atividades que substituíram as
essenciais se mostrarão pura perda de tempo.
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